Átila Varela
atila@focus.jor.br
O impacto do coronavírus sobre o comércio varejista já é real. Temendo que a crise afunde ainda mais a situação do segmento, uma reunião entre a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) e a Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce) traçou uma série de medidas para tentar conter o avanço do covid-10. O encontro ocorreu na tarde de hoje, 16.
Em um áudio enviado a grupos de WhatsApp de lojistas, o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun, declarou que a queda de público é notória e as associações entendem que “a realidade é incontestável”. A retração varia entre 20% e 30% antes do surto de coronavírus desembarcar no País.
“Pedimos para abrir mão da verba de promoção nos meses que a crise da saúde continuar. Há uma possibilidade boa de redução das horas de trabalho. Na questão do aluguel, eles entenderam que alguns segmentos ganham e outros perdem”, ressaltou. Um que mais sofre, de acordo com o empresário, é o de malas “por conta da queda das viagens internacionais”. No entanto, aproveitam: supermercados e farmácias.
“Eles (associação de shopping centers) estão abertos. Só pediram para esperar entre 10 e 15 dias para fazer a negociação individual”, pontuou. Haverá também, dependendo das ações, uma reunião com o Governo para mitigar os efeitos sobre os lojistas.
Um financiamento é ventilado pela Alshop. “A Febraban (Federação dos Bancos) está dando nos próximos 60 dias a prorrogação da dívida da pessoa física e das micro e pequenas empresas. Quem sabe não vamos nessa carona pedir um financiamento especial para o nosso setor que é importante para a economia”, finaliza.
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