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Quais os impactos da descoberta de petróleo na Margem Equatorial para a economia do Ceará?

Margem Equatorial. Foto: Divulgação/Petrobras

No início de abril, a Petrobras anunciou a descoberta de petróleo em águas ultra profundas da Bacia Potiguar, no poço exploratório Anhangá, da Concessão POT-M-762_R15.

O poço 1-BRSA-1390-RNS (Anhangá), está situado próximo à fronteira entre os estados do Ceará e Rio Grande do Norte, a cerca de 190 km de Fortaleza e 250 km de Natal, em profundidade d’água de 2.196 metros, na Margem Equatorial brasileira.

Com isso, a organização do OIL & Gas Summit: Margem Equatorial e Transição Energética realizou, nesta quinta-feira, 25, o lançamento da feira internacional de negócios, que visa fomentar o debate sobre a recente descoberta.

Quais os impactos para a economia do Ceará?

De acordo com o empresário e organizador do Summit, Carlos Logulo, Fortaleza é destaque por apresentar “vantagens competitivas” devido ao Porto do Pecém, que tem ligação direta com o Porto de Roterdã, um dos principais investidores de energia renováveis no Ceará; ao Porto do Mucuripe e ao Aeroporto Internacional.

“A capital cearense pode sair na frente economicamente por ser uma cidade turística e rica no setor hoteleiro. Tudo isso faz com que empresas estrangeiras sejam atraídas para o comércio local. Com isso, o impacto socioeconômico vai ser tremendo”, afirma Logulo.

A Petrobras designou um orçamento de US$ 3,1 bilhão para a exploração da margem equatorial brasileira, além das contratações de empresas após a abertura de licitações ao longo da exploração. Até o final do projeto, a expectativa é que sejam gerados 300 mil empregos diretos e indiretos em toda a costa do País.

Para o presidente do SindiEnergia, Luís Carlos Queiroz, a nova descoberta abre “um mar de oportunidades” para o Ceará. “Em 2023, o Ceará teve mais R$ 2 bilhões de investimentos na área de transição energética, tanto no setor de energia eólica, como solar. Com o advento das indústrias do petróleo e do gás, a tendência é esse valor se multiplicar. Não podemos abrir mão dessa fortuna”, disse.

Capacitação 

Além de fomentar a economia cearense, o projeto promete capacitar os alunos da Universidade Federal do Ceará (UFC), por meio de uma parceria que visa gerir as palestras científicas vinculadas ao tema de óleo, gás e transição energética.

Conforme o coordenador do Centro de Inteligência Artificial da UFC, José Macêdo, “o impacto vai ser transversal, pois o setor de transição energética abrange desde a química até a medicina”, pontua. “Além disso, os estudantes terão oportunidades para desenvolver pesquisas e, consequentemente, fomentar o pagamento de bolsa para os alunos”.

Margem Equatorial

A margem equatorial brasileira é uma região geográfica que se estende da foz do rio Oiapoque ao litoral norte do Rio Grande do Norte, abrangendo as bacias hidrográficas da foz do rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Bacia Potiguar. A Petrobras é a operadora de ambas as concessões e detém 100% de participação.

Além das atividades na Margem Equatorial brasileira, a companhia adquiriu, em 2023, novos blocos na Bacia de Pelotas, no Sul do Brasil, e participações em três blocos exploratórios em São Tomé e Príncipe, país da costa oeste da África.

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