O ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), pronunciou-se a respeito do decreto de busca e apreensão de bens na residência de Ciro Gomes (PDT), ex-governador do Ceará.
Os agentes foram autorizados, se necessário, a arrombar o local, por determinação do juiz Diego Ferreira Mendes, da 4ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo.
“Em nome da Direção Nacional do PDT, expresso nossa solidariedade ao ex-governador Ciro Gomes diante da absurda decisão da Justiça de São Paulo, que permite o uso da força policial para violar sua residência devido a uma alegada dívida de 31 mil reais”, iniciou o pedetista.
“Consideramos esta medida uma clara violação dos direitos civis e uma afronta ao Estado de Direito. É inaceitável que um cidadão de notável trajetória pública e compromisso com o país seja tratado de forma tão desrespeitosa”, continuou RC.
A medida foi tomada devido ao não pagamento de uma dívida de cerca de R$ 31 mil que Ciro tem com o escritório de advocacia Fidalgo Advogados.
Em 2018, durante o período eleitoral, o cearense processou a editora Abril por danos morais devido a uma reportagem intitulada “O esquema cearense”. Nesse processo, o escritório de advocacia representava a editora.
Após perder a ação judicial, Ciro foi condenado a pagar os honorários advocatícios dos representantes dos jornalistas envolvidos. No entanto, ele não cumpriu, o que levou à determinação de penhora de seus bens.
“Repudiamos a utilização da força policial para resolver questões civis, especialmente em um contexto em que há tantos casos prioritários demandando a atenção das autoridades. Esta atitude não está de acordo com os valores democráticos que devem orientar nossa sociedade”, opinou RC.
Por fim, destacou que Ciro jamais faltou com a verdade, “ao contrário da Veja que, em passado recente, publicou uma reportagem difamatória às vésperas de uma eleição, a qual se comprovou irreal”. “Tal episódio ressalta a importância da preservação da reputação e da dignidade de figuras públicas como Ciro”, prosseguiu.
Por último, RC lembrou que “a mesma Justiça de São Paulo”, em outro processo, bloqueou a conta bancária de Ciro e fez o mesmo, “sem qualquer citação ou audiência”, da conta particular de sua esposa.
Ciro não paga dívida e Justiça de SP autoriza que policiais arrombem sua casa em busca de bens