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No Focus Colloquium, RC critica “falta de generosidade” de Elmano e fala do futuro do PDT no Ceará

Foto: Divulgação

O percurso político de Roberto Cláudio, ex-prefeito de Fortaleza pelo PDT, começou de forma meteórica, ascendendo rapidamente após seu segundo mandato como deputado estadual, quando assumiu a presidência da Assembleia Legislativa. Em 2012, desafiou a corrida pela prefeitura da capital cearense, alcançando a vitória no segundo turno.

À frente da quarta maior cidade do país a partir de 2013, Roberto Cláudio liderou por dois mandatos até 2020, quando dedicou esforços para eleger seu sucessor, o atual prefeito José Sarto. Em 2022, almejou o governo estadual, enfrentando, porém, desafios internos em seu grupo político.

Experimentou uma derrota expressiva na eleição, ficando em terceiro lugar, enquanto seus ex-aliados Cid Gomes e Camilo Santana emergiram vitoriosos, com a eleição do atual governador Elmano de Freitas já no primeiro turno. Enquanto isso, o PDT, seu partido, mergulhava em conflitos internos cada vez mais intensos, persistindo até o presente.

No Focus Colloquium de hoje, Roberto Cláudio discute o futuro do seu partido e de seus atuais aliados, assim como suas expectativas para os próximos meses e anos, tanto para a capital quanto para o estado.

Confira os principais trechos abaixo: 

Elmano de Freitas

Estive com Elmano após sua vitória e disse porque eu iria fazer oposição. Muito simples: eu perdi a eleição. Ao longo da campanha eu fui entendendo a necessidade de discutir e entender o futuro do Ceará. Ouvi a população e percebi como as coisas pareciam estar bem, mas na verdade não estão. Tinha um desafio de defender um ciclo novo. Foi isso que apresentei como ideia na minha campanha e falei para Elmano. Precisa ter coragem para romper algumas coisas, ter de novo ambição, sair das explicações dos problemas. Isso me moveu como candidato e isso que me move nesse debate construtivo (de oposição). Faço isso pelo Ceará.

Atual governo vs atual prefeitura

Há uma questão acontecendo pouco generosa, pouca grandiosidade com o governo para com o município de Fortaleza. O problema é a ruptura, não é problema de convênios novos que a prefeitura apresentou ao Elmano, é de políticas em andamento que foram suspensas. Considero essa atitude um pouco infeliz por parte do governador. E pior: o que o governo tem feito? Qual a grande ação em educação, saúde, obra pública… o que Elmano tem feito para ajudar Fortaleza? A impressão que se dá é que criaram ambientes antagonistas. Sarto está governando sem apoio do federal e estadual. 

Oposição ao PT

O PDT com Sarto, sem dúvidas desse nome, inclusive. O PT e a candidatura da direita, representada pelo ex-deputado Capitão Wagner, com o UB, também. São os mais fortes naturalmente, mas há uma tradição de muitos candidatos no primeiro turno. Caminha para isso pelo menos. Já existem seis pré-candidatos na Capital. São muitos nomes”, continuou. “Além dos citados, tem o senador Eduardo Girão e o André Fernandes. Falando pelo PDT, estamos com muita fé com os nossos resultados. Existe uma curva de fortalecimento nas comunidades, nos aliados, enfim, tem crescido a nossa força na candidatura. Faltou humildade. É um tipo de alinhamento que Fortaleza sempre rejeitou. É mais para ter uma proposta de poder do que, de fato, melhorar as vidas das pessoas. Tem uma falta de humildade e certa arrogância por parte do PT no Ceará e em Fortaleza. Não é jogo de carta marcada.

Sarto em 2024

Conversamos e temos perspectivas reais disso acontecer. A tendência das pesquisas ia mudando 10, 15 dias antes. As decisões, atualmente, têm ficado cada vez mais próximas. As redes sociais entram nisso para criar pequenos nichos. A TV tem sua importância, mas cada vez mais tem sido um pouco menor que anteriormente. A pré-candidatura de Sarto tem apoio de lideranças comunitárias e líderes políticos da Capital. Líderes legítimos, fortes, influentes. É um elemento muito importante. Fortaleza é de vanguarda e aprecia a humildade e trabalho de discussão. Nisso que coloco grande parte do meu otimismo, além das obras do prefeito Sarto. 

Futuro de RC

Há um fenômeno novo: muitos candidatos de oposição local e da base, do PT ou muito vinculado ao governo, que tem nos procurado para ter garantia de apoio em seus municípios. O PDT é um partido independente. Somos uma força política de oposição. Temos 4 deputados de oposição, 10 prefeitos e mais de 50 candidatos a prefeituras. Qual partido de oposição tem esse tamanho? Defendo ciclo novo sem arrogância para ouvir gente de fora, fazer auto crítica generosa, olhar para o Estado com potencial. Nosso papel no PDT é esse. Fazer política tranquila. Quero rodar Fortaleza, como eleitor, acompanhando Sarto. Começaremos em março, no interior, eu, André e Ciro Gomes antes de começar na Capital. Vamos rodar o Ceará para fortalecer o partido com ideias novas. Mas em 2026, sim, talvez me candidate para algum cargo eletivo. É prematuro falar disso agora. Quero contribuir para chegar em 2026 com projeto forte de oposição. Quem está na política, como eu estou, tem que estar pronto para tudo. 

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Assista ao vivo o Focus Colloquium:

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