Átila Varela*
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Exclusivo. A Marquise Infraestrutura assumiu a obra do BRT Belém. Em entrevista exclusiva ao Focus.jor, o diretor da Marquise Infraestrutura, Renan Carvalho, falou dos planos, da obra e do impacto para a cidade de Belém.
Focus.jor – Como o BRT Belém vai mudar a vida dos paraenses?
Renan Carvalho, diretor da Marquise Infraestrutura – Trata-se de uma obra de grande importância para a mobilidade urbana e consequentemente para o desenvolvimento da região, reivindicada há décadas pela população. O BRT Belém representa um avanço para a região que agora se materializa, com avanço físico considerável, e que mudará a realidade de cerca de 1 milhão e 800 mil pessoas.
A obra, quando concluída, contribuirá para a mobilidade dos usuários das cidades de Belém – Ananindeua – Marituba com: aproximadamente 11 km de extensão com quatro faixas em cada sentido – uma delas em pavimento rígido – estrutura pouco comum nas vias urbanas do Norte e Nordeste; 3 terminais; 13 estações; um viaduto. Para que toda essa estrutura seja construída, atualmente mais de 120 máquinas da construção pesada já estão mobilizadas no canteiro de obras.
A população que hoje conta apenas com ônibus convencionais, vai poder reduzir em até 70% o tempo do trajeto entre o os municípios contemplados após a conclusão do projeto.
Focus – Além da Marquise Infraestrutura, há outras empresas que atuam juntamente com vocês? Há um consórcio?
Renan – A Marquise Infraestrutura lidera o Consórcio Mobilidade Grande Belém, em parceria com a Comsa S.A.
Focus – Quem financia o BRT Belém?
Renan – A Jica (Agência de Cooperação Internacional do Japão) com contrapartida de recursos do tesouro estadual.
Focus – Qual o prazo para entrega do BRT Belém?
Renan – Os trabalhos seguem a todo vapor e a previsão de entrega é para 2023.
Focus – Qual a relevância dessa obra para o portfólio da Marquise Infraestrutura?
Renan – É uma obra muito relevante não apenas para o portfólio da empresa, mas para o desenvolvimento do Brasil, pois é uma das maiores no setor de mobilidade urbana em execução.
Como toda obra de infraestrutura / mobilidade, causa alguns transtornos para a população no momento da sua execução, mas, depois de concluído, todos sentem seus benefícios. Essa obra é um patrimônio duradouro que melhorará a qualidade de vida de muitas pessoas. Esse é o nosso objetivo, construir progresso e estar sempre presente no futuro do País.
Focus – Em termos de geração de empregos, quais os números do BRT Belém?
Renan – É uma obra que exige muito, trabalhamos atualmente em três turnos e para isso contamos com mais de 700 colaboradores. Além disso, como toda grande obra de infraestrutura, o BRT Belém ainda fomenta a economia no seu entorno, gerando empregos indiretos.
Focus – A Marquise Infraestrutura pensa em participar de outros projetos ligados à mobilidade urbana?
Renan – Sim. A Marquise Infraestrutura está participando de licitações em todo o País. Inclusive, recentemente fomos a melhor proposta para a construção do BRT Brasília, também em consórcio com a Comsa. A obra será composta de sete quilômetros, três faixas de pavimentação, canteiro central; quatro passagens subterrâneas e sete viadutos. O contrato para o início das obras deverá ser assinado em breve.
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