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CPI da COVID: Pfizer diz que governo brasileiro ignorou ofertas de vacinas desde agosto de 2020

CPI da COVID: Pfizer diz que governo brasileiro ignorou ofertas de vacinas desde agosto de 2020. Foto: Reprodução.

Equipe Focus
focus@focus.jor.br

Em depoimento à CPI da COVID-19, o gerente-geral da farmacêutica Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, afirmo, nesta quinta-feira, 13, que o governo brasileiro não respondeu às propostas de contrato da compra dos imunizantes, sendo a primeira delas em 15 de agosto de 2020, de 70 milhões de doses.

Se o Brasil tivesse negociado com a Pfizer a aquisição de vacinas em agosto de 2020, o país poderia ter recebido 4,5 milhões de doses a mais de vacinas contra a COVID-19. A melhor oferta feita pela empresa na época previa 1,5 milhão de doses já em 2020 e outras 3 milhões no primeiro trimestre de 2021.

Sobre o encontro com o  ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social do Governo Federal do Brasil, Fabio Wajngarten, Murillo disse que se reuniu com o ex-secretário esperando algum tipo de “coordenação” por parte dele. Apesar disso, Murillo afirmou que as negociações do contrato se deram somente com representantes do Ministério da Saúde.

“Nossa negociação foi com o Ministério da Saúde. As conversações com o senhor Fábio Wajngarten, em nosso entendimento, foram de possível coordenação dele, mas eu não conheço o funcionamento dos órgãos governamentias e não posso exatamente indicar a função das diferentes pessoas do governo. Mas quero enfatizar que nossa negociação foi feita com o Ministério da Saúde”, afirmou o executivo.

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Ao responder às questões do relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), Murilo disse que a negociação foi feita com o Ministério da Saúde, em especial com o ex-secretário-executivo Élcio Franco, mas houve contatos também com representantes de outros órgãos, como o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o Wajngarten, além de parlamentares, como os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-RO), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para tratar sobre a venda de vacinas contra a COVID-19 para o governo brasileiro. A negociação de vacinas com a Pfizer foi uma das contradições do depoimento de Wajngarten.

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