DEM-PSDB articulam aliança e fusão contra Bolsonaro e a esquerda

Por Fábio Campos
fabiocampos@focus.jor.br
Atentem para essa notícia que tem forte impacto no xadrez político das próximas eleições e, claro, tem poder de redesenhar o quadro político nacional. O fato partiu de uma fala do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Vejam abaixo.
“Não tenho dúvida de que o fim das coligações vai nos levar, no futuro, à necessidade de uma reorganização partidária, aonde o Brasil voltará a ter três, quatro, cinco partidos fortes”.
“Um desses partidos fortes será certamente, com uma forte possibilidade daqui a alguns anos, o DEM e o PSDB com uma mesma força, como um mesmo partido de representação de um segmento importante da sociedade a nível nacional”.
“PSDB e DEM estarão juntos em 2020, estarão juntos em 2022. Nada diferente do que vem acontecendo desde a primeira eleição do presidente Fernando Henrique. Estaremos cada vez mais próximos e mais fortes”.
Dois pontos a observar: no foco de Rodrigo Maia, o político mais influente do DEM, já estão as eleições para prefeito do ano que vem. A ordem vai ser buscar construir alianças com o PSDB, principalmente nas grandes cidades. Incluam Fortaleza nesse rol. Não foi à toa o movimento que tentou emplacar Mayra Pinheiro no comando do DEM do Ceará.
Na sequência, a ideia de Maia, que certamente é comungada com os tucanos João Doria, que governa São Paulo, e pelo ex-deputado Bruno Araújo, que preside o PSDB, é a fusão entre as duas siglas. Aí o objetivo é a eleição de 2022, que elegerá ou reelegerá o presidente da República e os 27 governadores.
Trocando em miúdos, no horizonte político, trata-se da união de centro-direita para concorrer contra Jair Bolsonaro e contra as candidaturas presidenciais de esquerda. Inclua-se Ciro Gomes e o petista da vez.