O governo deve encaminhar nos próximos dias o projeto de ancoragem fiscal, que combina curva da dívida, superávit e controle de gastos, afirmou nesta segunda-feira, 20, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
“Acho que o governo encaminha nos próximos dias o projeto de ancoragem fiscal”, disse Alckmin, durante o seminário “Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século XXI”, promovido pelo BNDES em parceria com o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), no Rio de Janeiro.
“Temos inúmeros desafios, mas dois mais imediatos: imposto e custo do dinheiro, juros”, apontou Alckmin.
Reforma tributária e taxa de juros
Ele acrescentou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já “está empenhado” na aprovação da reforma tributária.
Quanto aos juros, Alckmin defendeu que não há nada que justifique o juro real de 8% no Brasil.
Segundo ele, não há demanda explodindo, e o mundo inteiro tem “praticamente juros negativos”. Ao mesmo tempo, ele defendeu a necessidade de “desenvolvimento com estabilidade”, sem volta da inflação. “Não pode voltar a inflação. Inflação não é socialmente neutra, ela tira do mais pobre para os mais ricos”, discursou.
Agência Estado