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Camilo Santana se move em muro estreito

Camilo e governadores do Nordeste em recente reunião com os presidentes da Câmara e do Senado.

Fábio Campos
fabiocampos@focus.jor.br

Sempre que fala sobre a reforma da Previdência, Camilo Santana (PT) bate na tecla de que sua luta é “para que ela não prejudique os mais pobres do país”. Em sua postagem mais recente no Facebook a respeito do assunto, o governador disse o seguinte: “Temos defendido, por exemplo, a retirada de pontos da reforma, como as mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e na aposentadoria dos rurais, que só prejudicariam quem ganha menos”.
O substitutivo apresentado na Comissão da reforma já retirou esses pontos. No entanto, ainda podem ser retomados, embora seja improvável. Um aliado do governador, ardoroso defensor da reforma da Previdência, reclama que falta a Camilo ter a mesma ênfase na defesa da reforma e na inclusão dos estados no texto. “Camilo sabe muito bem, e já deu declarações públicas a respeito, que precisa apoiar a reforma com unhas e dentes e arregimentar a bancada para isso”, disse a fonte.
Em 29 de novembro do ano passado, o governador deu a seguinte declaração em entrevista à rádio CBN, no Rio de Janeiro:  “O Ceará tem 8,5 milhões de habitantes e o Estado paga praticamente um bi e meio para a previdência de 60 mil servidores. Não é justo”. Certamente, não é justo.
O governador vem, até aqui, se equilibrando em um estreito muro. Sabe como poucos que a reforma é necessária, mas teme apoiar com ênfase o texto proposto diante da possibilidade inevitável dos desgastes. Além disso, tem Ciro Gomes em seus calcanhares. O pedetista é radicalmente contra a proposta de reforma da Previdência apresentada por Paulo Guedes.

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