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Camilo e mais 15 governadores enviam carta a Lira e Pacheco solicitando auxílio emergencial de R$ 600

Governador do Ceará, Camilo Santana (PT), participou de reunião com governadores de todo o país e presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco. Foto: divulgação.

Equipe Focus
focus@focus.jor.br

Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), receberam uma carta enviada por Camilo Santana (PT e governadores de outros 15 estados, em que defendem que o valor do auxílio emergencial seja mantido em R$ 600 reais, como na primeira rodada do benefício.

Os políticos declaram apoio à iniciativa das 300 organizações que compõem a “Campanha Renda Básica que Queremos” e solicitam, a Lira e Pacheco, a adoção desse valor como forma de dar segurança de renda à população.

“Temos o cenário dramático de quase 300 mil vidas perdidas. Diariamente, vemos recorde de mortes, lotação de leitos hospitalares, ameaça de falta de medicamentos e esgotamento das equipes de saúde”, dizem.

Segundo os governadores, “agir contra esse cenário requer medidas sanitárias e garantia de uma renda emergencial. Somente com essas medidas seremos capazes de evitar o avanço da morte. Enquanto a vacinação não acontecer em massa, precisamos garantir renda para a população mais vulnerável”.

A nova rodada do auxílio emergencial foi aprovada com valores que vão de 150 a 350 reais — redução que, na avaliação dos políticos, é “inadequada para a eficácia da proteção da população”.

Assinaram a carta, além do cearense Camilo Santana, Renan Filho (Alagoas), Waldez Góes (Amapá), Rui Costa (Bahia), Renato Casagrande (Espírito Santo(, Flávio Dino (Maranhão), Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul), Helder Barbalho (Pará), João Azevêdo (Paraíba), Ratinho Junior (Paraná), Paulo Câmara (Pernambuco), Wellington Dias (Piauí), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), João Dória (São Paulo), Belivaldo Chagas (Sergipe).

Confira a íntegra da carta dos governadores ao presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal sobre o valor do auxílio emergencial:

“Os Governadores dos Estados abaixo assinados apoiam a iniciativa das 300 organizações que compõem a “Campanha Renda Básica que Queremos” e solicitam a adoção das providências necessárias para garantir segurança de renda à população, associada às medidas de distanciamento social, essenciais para serem adotadas neste momento de intenso aumento de casos e mortes decorrentes da Covid-19.

Temos o cenário dramático de quase 300 mil vidas perdidas. Diariamente, vemos recorde de mortes, lotação de leitos hospitalares, ameaça de falta de medicamentos e esgotamento das equipes de saúde. O calendário nacional de vacinação e a obtenção de novas doses de imunizantes contra a Covid-19 estão mais lentas do que as respostas que precisamos para reverter esse quadro.

Agir contra esse cenário requer medidas sanitárias e garantia de uma renda emergencial. Somente com essas medidas seremos capazes de evitar o avanço da morte. Por isso, entendemos que a redução dos valores do auxílio emergencial é inadequada para a eficácia da proteção da população. Enquanto a vacinação não acontecer em massa, precisamos garantir renda para a população mais vulnerável.

Por isso, solicitamos ao Congresso Nacional que disponibilize os recursos necessários para o Auxílio Emergencial em níveis que superem os valores noticiados de R$ 150,00, R$ 250,00 e R$ 375,00.

Exatamente há um ano, no início da pandemia, os Governadores manifestaram-se favoráveis à implantação de uma renda básica no País. Hoje, mais do que nunca, é comprovada a sua necessidade, urgência e o impacto que se pode alcançar. Por isso, neste momento, defendemos auxílio emergencial de R$ 600,00, com os mesmos critérios de acesso de 2020.

Não obstante o exposto acima, os signatários desta carta entendem a importância de o País não se desviar de seu compromisso com a responsabilidade fiscal. É importante entender o esforço de mitigação da crise atual para os mais vulneráveis como extraordinário e temporário. Logo à frente precisaremos voltar a uma trajetória de ajustamento fiscal que compatibilize os necessários programas sociais com um financiamento responsável dos mesmos.

Brasília, 24 de março de 2021.”

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