Eugênio Vasques
Post convidado
Celebramos no último domingo, 11 de agosto, o dia do advogado. A data nos faz refletir sobre a profissão e as transformações da sociedade contemporânea e, em especial, as novidades tecnológicas do universo digital que revolucionaram o mundo e, consequentemente, a advocacia.
A advocacia vem acompanhando os avanços tecnológicos – consulta processual e protocolo por meio digital, sustentação oral e oitiva por vídeo conferência, e até mesmo intimação por aplicativo de mensagem instantânea – todas essas, mudanças consequentes da adaptação da sociedade às novidades tecnológicas, e, é claro, naturalmente implementadas nas inúmeras searas profissionais.
Vivemos em novos tempos; em poucos anos a sociedade se reinventa, profissões e serviços tornam-se obsoletos ou mesmo deixam de existir; aqueles que não acompanham as nuanças da reinvenção estão fadados à ineficácia gradual. Aqueles que possuem a mente aberta ao conhecimento e ao desenvolvimento estarão, em contrapartida, um passo à frente da eficiência.
Neste viés, é imperioso observar que as mudanças são essenciais não apenas aos profissionais, mas sim a toda a sistemática de um meio, inclusive da própria legislação. A título de exemplo, temos a Lei Geral de Proteção de Dados, que acompanha a tendência mundial de maior atenção ao tratamento dos dados pessoais, hoje tão sensíveis a crimes cibernéticos e à comercialização para fins não necessariamente definidos.
O (a) advogado (a) deve manter-se sempre atualizado e atento às nuanças da legislação, bem como às tendências sociais e tecnológicas. Ainda no âmbito da tecnologia, cada dia é mais comum as menções aos softwares de inteligência artificial que prometem “substituir” na íntegra uma banca jurídica, com capacidade de analisar contrato minunciosamente em milésimos de segundos. Todavia, é imperioso destacar que, até aqui, não há no mundo tecnologia capaz de substituir a mente humana que se molda por valores, experiências e sentidos; mas, ainda assim, não se pode negligenciar tais avanços – é de grande valia aliar as peculiaridades humanas às ferramentas tecnológicas potencializadoras de desempenho.
Ou seja, o bom profissional que está sempre atualizado e se adaptando às nuanças tecnológicas e do mercado sempre terá seu espaço, razão pela qual hoje é essencial dominar, além do conhecimento específico da área de atuação, diversas outras habilidades. Além das sociais, o(a) advogado(a) do tempo moderno é aquele que não se limita, não se acomoda, e nunca deixa de aprender.
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