Equipe Focus
focus@focus.jor.br
Possíveis adversários na campanha eleitoral de 2022, Lula e Ciro volta e meia estão nos noticiários com suas respectivas declarações. Ciro, de um lado, detona o PT e o Lulopetismo. Já Lula faz questão de se manter neutro e deixa o combate para seus correlegionários – vide a presidente nacional da legenda, Gleisi Hoffmann.
Na tarde desta sexta-feira de feriadão, o petista tomou a frente e, em vez disparar sua artilharia, fez o contrário: acenou para o pedetista.
“Eu sempre disse que tenho respeito pelo Ciro Gomes. Ele foi meu ministro, temos uma história, apesar das divergências. O Ciro não precisa gostar de mim, nem eu preciso gostar dele, precisamos nos respeitar”, escreveu em seu Twitter.
O aceno não é o primeiro do petista. Mas, de aceno em aceno, PT e PDT podem se aproximar no âmbito nacional como ocorre hoje no Ceará com Camilo e os Ferreira Gomes? Difícil prever, afinal Ciro ao lado de Lula nunca terminou bem para o pedetista.
Ciro é gato escaldado quanto aos acenos de Lula. Já foram muitos, incluindo um inusitado convite para mudar o domicílio eleitoral de Fortaleza para São Paulo. No fim das contas, o PT sempre deixa Ciro de lado.
Em um universo distante (mas não muito), a formação de uma frente para derrotar Bolsonaro em 2022 pode sair do papel e ganhar corpo caso Lula ou Ciro disputem um eventual segundo turno com o chefe do Executivo. Ou, quem sabe?, o petismo abra mão para apoiar Ciro 22.
E a aliança, mesmo que não precisem se gostar, parece providencial. Pesquisa publicada pela Exame, em parceria com instituto especializado em opinião pública Ideia, colocou Bolsonaro à frente dos dois.
O capitão chega com 31% de intenção de votos, enquanto Lula vem atrás com 17%. Ciro, quer perde para Moro (13%), aparece com apenas 6%. É este talvez o pior resultado para Ciro Gomes nos últimos 4 anos de pesquisas.
Teremos aceno de Ciro do outro lado? 2020 ainda está muito longe. Há muita água para passar por debaixo das pontes, que ainda estão inteiras, mas carcomidas.