Pesquisar
Pesquisar
Close this search box.

Vereador diz que CAPS carecem de atenção de Sarto: “Escassez de profissionais, remédios e salas”

Foto: Reprodução

O vereador de Fortaleza, o médico psiquiatra Dr. Vicente (PT), se apresenta como um defensor do Sistema Único de Saúde (SUS), ao mesmo tempo em que se opõe claramente à administração do prefeito Sarto (PDT).

Durante uma recente visita ao CAPS Geral do Bom Jardim, um centro de atenção psicossocial que atende a uma população de cerca de 19 mil pessoas no bairro, o vereador relatou ter recebido reclamações por parte dos pacientes. “Há uma escassez alarmante de risperidona, um medicamento de alto custo, e a falta de telefones fixos para atender às chamadas”, iniciou.

Além disso, “a acessibilidade é deficiente, falta uma estrutura adequada para o acolhimento e há uma urgente necessidade de mais médicos”. “É inaceitável que os pacientes cheguem lá apenas para serem encaminhados ao Hospital da Messejana devido à falta de capacidade de atendimento”, seguiu.

Atualmente, “o CAPS conta com apenas três médicos, um trabalhando 32 horas semanais e dois trabalhando 8 horas cada. A equipe é composta por 19 profissionais de acolhimento, incluindo cinco psicólogos”, detalhou. “E para agravar a situação, faltam computadores para os médicos utilizarem durante os atendimentos”, acrescentou.

Segundo o vereador, em exclusividade ao Focus.Jor, os CAPS em Fortaleza, independentemente de serem gerais, infantis ou de outras especialidades, enfrentam problemas estruturais há anos, mas a situação atual é ainda mais crítica durante a gestão pedetista. “Há uma falta alarmante de profissionais”, ressaltou.

“Muitos médicos contratados por concurso público acabam deixando seus cargos devido aos baixos salários e às condições inadequadas de trabalho nos CAPS localizados em áreas distantes, como Bom Jardim e Messejana. Eles não recebem gratificações adequadas, ao contrário de outros profissionais, como urologistas e médicos de família”, elencou.

“O maior problema enfrentado pelos CAPS é a falta de médicos, de estrutura e de espaço para reuniões. A saúde primária e os CAPS sofrem com a escassez de profissionais em número suficiente”, enfatizou.

Para piorar, “o prefeito Sarto planeja reformar hospitais, como o da Messejana, mas ao mesmo tempo fecha outras unidades, deixando as pessoas sem atendimento de emergência”. “É necessário revisar as estruturas das unidades de saúde em Fortaleza e garantir que os pacientes sejam tratados com humanidade, com acesso suficiente a medicamentos e profissionais qualificados, incluindo médicos, psicólogos e enfermeiros”, concluiu.

Mais notícias