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Vendas de cimento aceleram queda

Foto: Freepik

As vendas da indústria do cimento no mês de abril seguiram a tendência de retração do primeiro trimestre de 2023 e registraram queda de 11,6% em comparação ao mesmo mês do ano passado. Em termos nominais foram comercializadas 4,6 milhões de toneladas, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC).

O volume de vendas de cimento por dia útil apresentou crescimento de 3,4%, em relação ao mês de março, influenciado pelos feriados de abril. No acumulado do ano (jan-abril), seguindo a tendência dos números absolutos, o desempenho é de queda de 3,1%.

O ambiente de instabilidade na economia, marcado por indicadores internos desfavoráveis como aumento no desemprego, aliado com a lenta recuperação dos salários e juros em patamar alto, continuam a impactar o setor.

Diante desse cenário, a venda de materiais de construção segue em queda, assim como os lançamentos e financiamentos imobiliários, reflexo da alta taxa de juros (13,75%) e do baixo poder de compra da população.

Apesar da conjuntura econômica desfavorável, os índices de confiança caminham em direções opostas. O da construção1 atingiu o maior nível desde novembro de 2022, influenciada pelas expectativas dos empresários nos segmentos de Edificações Residenciais e de Obras Viárias.

Na Indústria2, a confiança ficou estável em abril. O setor vê alguma melhora no escoamento dos estoques e nas transações comerciais entre os setores, apesar do nível de demanda estar abaixo do normal, deixando o mercado mais cauteloso no horizonte de seis meses.

Já o índice de confiança do consumidor3 acomodou em abril em patamar considerado baixo em termos históricos, diante do cenário relacionado a um alto endividamento, principalmente das famílias com menor renda, a um aumento da perspectiva de inflação e dificuldade no acesso ao crédito.

Em um ano com tantas incertezas e embates no cenário político e econômico, a indústria do cimento segue atenta às discussões sobre o novo arcabouço fiscal, debate sobre os decretos de regulamentação da Lei Básica de Saneamento e a colocação em marcha do programa Minha Casa Minha Vida com expectativas de início consistente a partir do segundo semestre deste ano.

Após um efetivo impulso nas discussões sobre a Reforma Tributária verifica-se nesse momento uma certa acomodação na sua dinâmica de tramitação no Congresso Nacional.

 

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