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TJCE cria robô “Maria da Pena” para combater violência doméstica e familiar

Imagem: TJCE

O enfrentamento à violência doméstica e familiar contra mulheres e meninas tem sido uma das principais metas do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) nos últimos anos e uma iniciativa, que alia este objetivo ao uso da tecnologia, foi implementada neste mês de fevereiro. O robô intitulado “Maria da Penha”, produzido pelo Laboratório de Inovação Tecnológica do TJCE, o Labluz, está funcionando como mais um canal de atendimento para vítimas do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Fortaleza. Em apenas 10 dias de funcionamento, a ferramenta já enviou mais de 7.000 mensagens ao ser contatada.

O robô realiza o atendimento ao público externo através do WhatsApp e direciona o atendimento de forma automática. Após o contato inicial, apresenta tópicos para guiar a conversa. As opções são: medidas protetivas, audiências, senha de acesso aos processos e contatos. Cada uma das escolhas gera uma nova interação com outros encaminhamentos.

A “Maria da Penha” sendo o primeiro canal com o público faz com que servidores do Juizado possam dar prioridade a outras demandas. A juíza Rosa Mendonça, titular do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Fortaleza, avalia que agora as perguntas mais simples e repetitivas são respondidas de forma mais rápida, evitando uma longa fila de espera. “Assim, a parte do atendimento humano fica direcionada para as questões mais complexas, que também acabam sendo respondidas de forma mais célere”, pondera.

A magistrada explica que com a pandemia o atendimento virtual, tanto por balcão virtual quanto por WhatsApp, teve grande adesão. De acordo com a juíza, mesmo após o retorno ao atendimento presencial, os meios virtuais têm sido mais buscados pelos jurisdicionados. O atendimento pelo aplicativo de mensagens, hoje, corresponde a 55% do total. “Ocorre que boa parte desses atendimentos era repetitivo, procurava por informações como o contato de outro órgão, endereço, horário de funcionamento. Observando os atendimentos automatizados de algumas empresas, tive a ideia de buscar uma solução semelhante, que tornasse a resposta mais rápida a quem procura informação junto ao Juizado. Encontrei a solução junto à equipe do LabLuz, na pessoa do coordenador, Welkey Costa, que imediatamente iniciou os testes”.

Labluz

Um dos idealizadores do projeto, o coordenador do LabLuz, Welkey Costa, descreve que o laboratório é um espaço de experimentação e aprendizado com objetivo de fornecer ao TJCE soluções criativas.

“Nossa principal entrega é o conhecimento. Experimentando, frequentemente falhamos, eventualmente acertamos, mas todas as vezes aprendemos e, quando isso acontece, o Tribunal amadurece junto. O robô foi um desses testes. Investigamos diversas maneiras de construí-lo e várias fracassaram. Até que uma se mostrou promissora e aí a construção de robôs de atendimento entrou para a lista das nossas habilidades”, detalha.

O coordenador ainda adianta que a ideia é evoluir e aumentar as funcionalidades da ferramenta. “Nossa intenção é amadurecê-lo. Vídeos educativos sobre a temática do combate à violência contra a mulher e novas informações prestadas à população estão na agenda”.

SERVIÇO
Juizado da Violência contra Mulher
WhatsApp “Maria da Penha”: 85 3108-2978

*Com informação TJCE

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