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Tasso: próximo presidente do Senado não pode abaixar a cabeça para Bolsonaro

Senador Tasso Jereissati. Foto: Divulgação

Equipe Focus
focus@focus.jor.br

O senador Tasso Jereissati afirmou que o próximo presidente do Senado precisa ser alguém preparado. Em entrevista ao Valor, o parlamentar cearense ainda falou que o futuro mandatário não pode ser subserviente a Jair Bolsonaro.

“O presidente do Senado, que preside o Congresso Nacional, terá de ser um cara preparado para este momento que vamos viver, não pode ser alguém que abaixe a cabeça para o Bolsonaro. Essas eleições da Câmara e Senado são mais importantes do que as pessoas estão percebendo. Não podemos fazer bobagem. E a Justiça precisa estar forte. Além disso, militares conscientes e afastados da política. É importante que nós, políticos, e a imprensa façamos um movimento de pressão para desmilitarizar o governo, desvincular as Forças Armadas do governo Bolsonaro”, disse em entrevista ao periódico.

Tasso ressaltou ainda que Bolsonaro segue a mesma pista de Donald Trump, visando resistir a um possível futuro resultado negativo em 2022.

“Lá (nos EUA), o Trump há anos já usava o mote do voto pelo correio, avisando que ele contestaria. O Bolsonaro faz a mesma coisa, é a mesma desculpa, mas com o voto eletrônico. Qual a diferença? Se você olhar para entrevista coletiva do Ministério da Saúde, o ministro é militar. Os secretários são militares. Você olha as expressões que eles usam, não tem nem cacoete de médico, é puramente linguajar militar. E o mais perigoso: se você olha a agenda do Bolsonaro, ela é em grande parte dedicada a solenidades de formação de policiais militares”, pontuou.

Sobre a busca por seringas e vacinas pelo Ministério da Saúde, o senador foi duro ao afirmar se tratar de uma “incompetência”.

“Seria inimaginável chegar na hora da vacinação e faltar seringa. É de uma incompetência tão grande que chega a se imaginar que é de propósito. Não dá. É como você mudar para um apartamento novo e esquecer de comprar a cama. É impossível imaginar que o sujeito não pensou nisso. Digo isso como alguém que foi governador. Em 1986, nós tínhamos problema de poliomielite, que é uma coisa muito séria. Fizemos várias campanhas de vacinação com 95% ou 96% de alcance. E seria inimaginável, mesmo num Estado pobre como o Ceará, chegar na hora da vacinação e não ter seringa. Ou é uma desorganização absoluta e profunda ou é uma coisa de má vontade mesmo, e isso é criminoso, é prevaricação”, finalizou

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