O governo de São Paulo está planejando incorporar a inteligência artificial, como o ChatGPT, na criação de aulas digitais destinadas aos alunos da rede pública de ensino.
O governador Tarcísio de Freitas enfatizou que essa ferramenta será um “facilitador” na produção das aulas e negou qualquer intenção de substituir o papel dos professores em sala de aula.
Durante um evento nesta quarta-feira (17), o governador mencionou a importância de utilizar a tecnologia para aprimorar a missão educacional. Ele destacou que, embora seja essencial incorporar a tecnologia de forma prudente e com todas as devidas precauções, ela pode ser uma aliada valiosa para melhorar a qualidade do ensino.
É fundamental ressaltar que os conteúdos desenvolvidos pela inteligência artificial passarão pela aprovação dos professores antes de serem disponibilizados aos estudantes. Essa abordagem visa garantir a qualidade e precisão do material educacional entregue aos alunos.
No ano passado, o governo paulista enfrentou desafios relacionados aos materiais digitais escolares, com a descoberta de erros factuais graves nos slides utilizados pela rede estadual de educação. Isso levou à suspensão da distribuição desses conteúdos pela Justiça de São Paulo.
O projeto de utilizar o ChatGPT na produção de conteúdo digital recebeu críticas de professores estaduais. A presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e deputada estadual, Professora Bebel (PT), argumentou que as tecnologias de informação e comunicação são ferramentas complementares no processo educativo e não devem substituir o papel dos professores.
Em resposta, a parlamentar informou ter apresentado uma representação no Ministério Público Estadual contra essa iniciativa. O uso do ChatGPT na produção de conteúdo das aulas digitais será discutido na assembleia da categoria, marcada para o dia 26 de abril.