Para conter o desperdício de frutas e hortaliças no Brasil, Gabrielle de Oliveira Rodrigues, estudante da Escola de Ensino Médio Luiz Girão, em Maranguape (CE), desenvolveu um conservante natural comestível, feito à base de mandacaru e carnaúba. Por esse trabalho, a aluna recebeu o prêmio o segundo lugar na categoria Plant Sciences, na Regeneron International Science and Engineering Fair (ISEF), a maior feira de ciências para estudantes pré-universitários do mundo, que aconteceu de 11 a 17 de maio em Los Angeles, nos Estados Unidos.
O prêmio rendeu a ela uma bonificação de US$ 2.000. A estudante participou da ISEF após ter sido selecionada na 22ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE). O seu projeto, intitulado RCMC – revestimento comestível à base de mandacaru e carnaúba: uma nova alternativa como conservante de frutos, observou em tomates — frutos cujas perdas são elevadas ao longo da cadeia produtiva — uma capacidade de preservação de 21 a 27 dias. Enquanto outros conservantes encontrados no mercado, majoritariamente sintéticos, preservam de 12 a 18 dias, e os frutos sem conservantes se deterioram entre o sexto e o 12º dia.
Na ISEF, estiveram presentes mais de 1.600 estudantes, oriundos de cerca de 60 países. Os estudantes competiram com seus projetos por aproximadamente 9 milhões de dólares em prêmios, bolsas de estudos e estágios. As premiações foram divididas entre as 22 categorias, que englobam diversas áreas do conhecimento (Grand Awards Ceremony), além de prêmios especiais (Special Awards Ceremony), concedidos por mais de 45 instituições parceiras.
A delegação brasileira foi composta por 28 estudantes de ensino médio e técnico, de várias regiões do país. Dezesseis deles foram selecionados pela FEBRACE, de São Paulo – evento patrocinado pela Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil e organizado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Os demais, pela Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (MOSTRATEC), de Novo Hamburgo (RS).
