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Pesquisadores da UFC criticam autoridades por negligenciarem o meio ambiente e indicam medidas necessárias

Francisco de Assis de Souza Filho. Foto: Divulgação/Focus Colloquium

Cientistas da Universidade Federal do Ceará manifestaram preocupação com a negligência das autoridades em relação ao clima. Eles destacaram, durante entrevista ao Focus Colloquium, que dando o devido valor ao trabalho científico, alguns problemas catastróficos, como o ocorrido no Rio Grande do Sul ao longo do último mês, poderiam ter sido evitados.

Francisco de Assis de Souza Filho, professor do departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da UFC, por exemplo, destaca que, sem delongas, vivemos um momento crítico para a humanidade: “Alguns pesquisadores argumentam que estamos vivendo uma nova era devido à intensidade dos impactos que a humanidade está causando no meio ambiente. Estes impactos incluem a extinção de espécies e a contaminação radioativa, resultantes das ações humanas”, começou.

Para o especialista, esse efeito é principalmente atribuído às mudanças climáticas, causadas pela emissão de gases de efeito estufa pelo homem. “Embora esses gases desempenhem um papel importante no aquecimento global, eles também têm o efeito de reter parte da energia solar na atmosfera e liberá-la para a Terra, aumentando assim o aquecimento global”, disse.

Essas mudanças no clima estão causando padrões climáticos mais extremos, como secas mais frequentes, enchentes intensas e alterações nos ventos, disparou o especialista. Países mais vulneráveis, como o Brasil, “estão enfrentando esses impactos de forma mais acentuada, com secas mais frequentes, aumento da incidência de doenças como a dengue e mudanças na disponibilidade de recursos hídricos”.

“Diante desse cenário, é crucial adotar medidas de mitigação, como o manejo adequado dos recursos hídricos, investimentos em drenagem urbana e ações para reduzir as emissões de gases de efeito estufa”, sugeriu o professor.

“O futuro do clima está em disputa, e as decisões tomadas hoje terão um impacto significativo nas condições ambientais futuras, afetando áreas como produção agrícola, saúde pública e ecossistemas marinhos. Portanto, é fundamental agir com urgência para enfrentar essa crise climática que estamos enfrentando”, detalhou.

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