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Presença feminina em cargos de liderança e no setor de transportes. Por Amanda Machado

Amanda Machado, superintendente da Federação dos Transportes (Fetrans). Foto: Divulgação

Pauta de discussões em diversos setores, a presença das mulheres em cargos de liderança tem sido cada vez maior. Apesar dos desafios que ainda enfrentam, como a luta por igualdade salarial e contra o assédio, as mulheres têm conquistado mais espaço em cargos de chefia. Segundo a pesquisa Panorama Mulheres 2023, elaborada pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e pelo Talenses Group, o papel das mulheres tanto nas presidências de empresas quanto em outras posições de alta liderança no país saltou de 13% para 17% entre 2019 e 2022. Portanto, mesmo com ressalvas, é possível afirmar que os avanços recentes na equidade da presença de homens e mulheres em posições de liderança já mostram resultados.

Embora ainda haja desafios, cada vez mais mulheres se destacam na liderança, inclusive em setores tradicionalmente dominados por homens. No setor de transportes, por exemplo, o percentual de trabalhadoras ainda é inferior. O número é de apenas 17%, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). No entanto, elas têm assumido mais cargos de liderança no setor nos últimos anos. Exemplo disso é o que ocorre no Sistema SEST SENAT (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem no Transporte). A nível nacional, o quadro de lideranças é composto em 52% por mulheres. O SEST SENAT também já pratica a equidade salarial entre homens e mulheres de mesmo cargo e função, além de fomentar a participação feminina no setor de transporte através da profissionalização e qualificação de mulheres.

Atuando há 21 anos no setor e atualmente na superintendência da Federação dos Transportes de Passageiros do Ceará, Piauí e Maranhão (Fetrans), tenho sido testemunha de como a força, qualificação das mulheres e o apoio das entidades de classe junto às empresas de transporte têm proporcionado a mudança deste cenário. As entidades de classe também eram um ambiente dominado pelos homens, mas as mulheres já têm encontrado seu espaço nesse universo. É evidente que ainda enfrentamos barreiras, mas, podemos estar em qualquer lugar que desejamos, desde que exista preparo e dedicação combinados a políticas públicas, esforços das empresas e o apoio de organizações. Acredito numa perspectiva ainda mais otimista para o futuro.

Hoje, a nível nacional, temos muitos exemplos de mulheres que já ocupam posições de liderança nas entidades, como a Diretora do SEST SENAT, Nicole Goulart, além da diretora do Instituto de Transporte e Logística (ITL), Eliana Costa. No âmbito regional, contamos com a atuação Fernanda Barreira, supervisora do CRNE I do Sest Senat; Denise Xavier, diretora do Sest Senat Fortaleza/Ceará; Claudia Muniz, diretora do Sest Senat Sobral/Ceará; Mylma Botelho, diretora do Sest Senat Imperatriz/Maranhão e muitas outras. Na própria Fetrans, temos a nossa diretora Ana Carolina Dias Medeiros, e a diretora do nosso Centro Cultural, Aída Eskinazi. E nos sindicatos associados temos Jorgelle Matos, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de São Luis (SET São Luís) e Joilma Sepulveda, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Piauí (Sineônibus), Maria José Luz, Gerente Administrativa do Sindiônibus, dentre outras.

Todas são lideranças importantes para o Sistema Fetrans/SEST Senat e para o setor de transporte, com papel ativo, responsáveis por fazer o transporte avançar e desenvolver pessoas no setor.

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