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Pesquisa mostra que empregos digitais cresceram 4,9% em cinco anos

Nômade digital. Foto: Freepik

Equipe Focus
focus@focus.jor.br

A pesquisa “Transformação digital, produtividade e crescimento econômico”, desenvolvida pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que o índice de empregos formais vem cedendo espaço aos empregos digitais.

De acordo com o levantamento, nos últimos cinco anos o número de empregos digitais teve crescimento de 4,9% em comparação às demais ocupações. Os dados refletem a capacidade de resiliência dos profissionais do país frente às mudanças socioeconômicas e crises e também apontam que benefícios como remuneração acima da média e melhor produtividade de trabalho — superior em relação às demais atividades — tem conquistado o profissional do Brasil.

O estudo revela também a transformação digital como driver para o crescimento econômico, e propõe a elaboração de uma agenda estratégica para criar condições que potencializem a digitalização em diversos segmentos empresariais e econômicos.

Ainda segundo o balanço, nos últimos 5 anos, a oferta digital brasileira cresceu em média 5,7%, enquanto o mercado americano cresceu 7,1%. A pesquisa destaca como a ampliação da oferta digital seria capaz de gerar um acréscimo de R$ 422,7 bilhões na economia brasileira e traça uma meta mais desafiadora, se a oferta digital brasileira alcançasse o patamar atual de representatividade da economia americana, calculado em 10,2% em 2020, o Brasil teria um incremento de 1,12 trilhão de reais na economia.

“A pesquisa não apenas lança luz ao impacto econômico da expansão da oferta digital, mas também detalha em números a importância dessa transformação. É um estudo que contribui significativamente com as organizações públicas e corporações privadas e que ajuda a nortear investimentos nesta agenda para assegurar ganhos competitivos nos mais diversos setores, ajudando o Brasil a dar importantes passos para ser um mercado mais competitivo globalmente”, detalha Tatiana Ribeiro, diretora executiva do Movimento Brasil Competitivo.

Mão de obra qualificada ainda é desafio a ser superado

O estudo mostra também que o setor produtivo e governo já entendem a importância da transformação e seus impactos para a economia e destaca a mão de obra qualificada como um gargalo para avançar nas estratégias em favor da transformação digital no país e gerar maior competitividade.

“Por meio do levantamento, chegamos a outros resultados importantes como a aproximação entre os setores público e privado na construção da regulação de novas tecnologias e ratificamos a infraestrutura e segurança digital como eixos que possibilitam o desenvolvimento de novos modelos de negócio e novas tecnologias. A segurança jurídica também foi destaque no contexto da pesquisa e mostramos que é fundamental um ambiente de negócios que garanta isso para atrair novos investimentos digitais”, complementa a executiva.

Investir na qualificação, atualização e capacitação dos profissionais, desenvolver estratégias que elevam a geração de valor, e promover iniciativas de inovação despontam como fatores fundamentais no estudo para potencializar os resultados no mercado nacional. “Por isso, é fundamental apostar no chamado letramento digital amplo, na educação e na qualificação profissional para as exigências trazidas pela oferta digital que cresce continuamente, além de reduzir a exclusão digital de segundo nível. Todo esse processo passa por acesso a serviços, oportunidades e garante cidadania digital”, reforça Ribeiro.

O balanço mostrou também que investir em transformação digital demanda educação básica e inclusiva para estimular as ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) e evidencia o potencial brasileiro como referência em formação e qualificação para a digitalização voltada à sustentabilidade, pelos programas de larga escala que vão além do desenvolvimento e produção de bens, serviços e conteúdos digitais transformadores.

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