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Para evitar nova onda de demissões e fechamentos no CE, bares e restaurantes pedem ampliação de horário e isenção de impostos

Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. | Foto: divulgação

Ronnald Casemiro
focus@focus.jor.br

Em reunião com diversos representantes do setor público, empresários do setor de bares e restaurantes apresentaram, nessa segunda-feira, 8, uma série de solicitações ao Governo do Estado com o objetivo de amenizar os impactos da pandemia e do último decreto nas empresas do segmento.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) no Ceará, Taiene Righetto, o ponto positivo da reunião já é o fato de ter acontecido, de ter sido iniciado um diálogo por parte do Governo do Estado com representantes do setor.

“Estava sendo muito difícil, muito precário, muito raro; não estava tendo uma boa comunicação. Mas foi só um primeiro contato, uma primeira reunião para que se avaliasse demandas, possibilidades e para que se colocasse propostas [à mesa]. Agora, o Governo do Estado ficou verificar, de olhar o que ele pode ajudar. Deverá haver outras reuniões para que a gente consiga, todos, chegar em um consenso” afirmou o presidente da Abrasel Ceará ao Focus.

No encontro, explica Taiene, foram apresentadas diversas propostas ao Executivo, como a isenção da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e a suspensão de cortes de água e energia, pensando principalmente em pequenos empresários, que correspondem a 96% do setor.

“Essa redução de horário vai trazer muita dívida. Com certeza, alguns desses empresários não vão conseguir pagar as contas de luz e de água e cortar a luz e a água desses estabelecimentos significaria estragar seus produtos perecíveis, que estão estocados, por que a gente foi pego de surpresa com esse último decreto”, ressaltou.

Taiene destaca que a única proposta que pode, realmente, salvar o setor de ter grandes demissões e fechamentos é a ampliação do horário. Lembrando de outras áreas que devem ser atacadas por gerar maiores aglomerações, como os transportes públicos, festas clandestina e em condomínios, ele “entende que essa medida [o último decreto] não vai baixar as curvas e com certeza vai aumentar a mortalidade de restaurantes”, disse, explicando que os estabelecimentos chegaram a perder 80% do faturamento no último fim de semana.

Ainda de acordo com o presidente da Abrasel, o último decreto lembra os momentos mais delicados do lockdown, com vários comércios anunciando suspensão das atividades e até sem saber se voltarão a funcionar no futuro. Taiene lembra que os impostos seguem cheios, já não há redução de folha e, só nos três primeiros dias do último decreto, 960 postos de trabalho foram fechados apenas entre os associados à Abrasel.

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