Sim, é isso mesmo! Quem se dedica a conversar com interlocutores políticos, sejam protagonistas ou coadjuvantes, sobre os rumos da política da Capital do Ceará vai sempre ouvir a sentença ou, no mínimo, a expressão de dúvidas acerca da candidatura de José Sarto (PDT) à reeleição. A maioria mantém a aposta de que, na hora H, o prefeito se recolhe e o ex-prefeito Roberto Cláudio assume a condição de candidato do PDT.
Bom, quem conversar com RC vai ouvir o ex-prefeito jurar de pés juntos (*mais abaixo explico a origem da curiosa expressão) que não há a menor possibilidade de candidatar-se a prefeito ou de Sarto não disputar a reeleição.
O fato é que tanto um quanto o outro dão motivos públicos que alimentam os descrentes. Atentem: RC mantém apetite voraz pelo jogo político, com entrevistas a rodo, articulações, convescotes inerentes ao ramo e sentenças em redes sociais com intensa frequência.
Já o prefeito, nem tanto. José Sarto ainda passa para o distinto público frequentes sinais de fastio. De vez em quando, até some. JS chega a ser menos visível no cotidiano de nossa política do que o vice-prefeito Élcio Batista, um ninja nas redes e nos eventos sociais e públicos.
*A expressão jurar de pés juntos, tão presente no cotidiano brasileiro para afirmar convicção, tem origem no Portugal da Idade Média. Fruto da verve portuguesa, a expressão surgiu como uma analogia ao método de tortura da Santa Inquisição. No caso, a prática de amarrar os pés do torturado ou amarrá-lo pendurado de cabeça para baixo para que confessasse as heresias que o inquisidor apontava.
