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‘Não chamo de puxadinho, mas de alinhamento’, diz presidente da Alesp

André Do Prado. Foto

O novo presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, André do Prado (PL), o primeiro a interromper quase 30 anos de comando do PSDB na Casa, diz que “há uma nova base na Alesp”, que passa por um período de maturação. Prado afirma que o bloco que apoia o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) está forte, mas ele defende o diálogo. Eleito em uma articulação que envolveu lugar na Mesa Diretora para o PT, Prado promete espaço para a oposição.

Em 28 anos de governos tucanos, a Alesp atuou alinhada, e a oposição dizia ser um “puxadinho” do Bandeirantes. Vai continuar sendo?

O PSDB ficou 28 anos no governo e fez sua parte. O governo era forte, por isso tinha maioria na Alesp. Por isso se dizia isso de ser um puxadinho. Não chamo de puxadinho, mas de alinhamento. Sou de um partido da base. Porém, faremos o possível para manter a prerrogativa dos deputados. Temos de ter alinhamento com o governo. Essa é a minha responsabilidade.

A proposta de Tarcísio de criação de Medida Provisória estadual aumenta o poder do governador sobre o Legislativo?

Não tenho conhecimento do texto. Fiquei sabendo pela imprensa. Mas acho difícil passar um texto que tire autonomia da Assembleia.

Qual marca o sr. quer deixar na sua gestão?

Que os deputados votem o maior número de projetos. Hoje, cada deputado acaba votando um projeto por ano na Assembleia. E eles podem ser vetados pelo governo. Queremos criar um grupo jurídico com o governo para minimizar as inconstitucionalidades. O líder do governo vai trazer. O deputado Vinícius Camarinha (PSDB) vai coordenar um grupo de trabalho para fazer a gestão dos projetos de todas as bancadas. Vamos votar projetos de consenso.

O PL já está dividido sobre o candidato à Prefeitura. Ricardo Salles se lançou, Fabio Wajngarten apresentou Eduardo Bolsonaro e o diretório da capital quer apoiar Ricardo Nunes. Qual é sua preferência?

É natural que o partido tenha interesse em lançar candidaturas em todo o Brasil. Em São Paulo, isso será discutido amplamente: ter candidatura própria ou apoiar Nunes. É muito cedo ainda. A viabilidade dos nomes será medida. Ricardo Nunes hoje não é eleitoralmente viável. Pesquisas apontam isso. Ele tem alta rejeição. Mas o caixa da Prefeitura é grande e pode mudar este cenário.

A eleição de 2024 ocorrerá sob o guarda-chuva das emendas especiais, que chegam direto às prefeituras. Como será a transparência dessa distribuição?

As emendas impositivas são totalmente transparentes. Temos de indicar o local. São R$ 10 milhões (para cada deputado). Todos os deputados, inclusive os de oposição, podem fazer a indicação. As voluntárias ainda estão definindo valores e se vão existir.

A privatização da Emae e da Sabesp é bandeira de Tarcísio. O sr. vai se engajar nesta pauta?

A questão da privatização ainda não chegou à Casa. O que sei é que o governador mandou fazer um estudo para saber da viabilidade da Sabesp. Sobre a Emae, ele está convicto de que tem de ser privatizada. A da Sabesp ainda não há uma decisão definitiva. Se vier, será um grande debate. A Sabesp presta um bom serviço, mas essa é uma decisão política do governador.

 

Agência Estado

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