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IPCA de 2023 sobe de 5,36% a 5,39%; de 2025 salta de 3,30% a 3,50%, projeta Focus

Taxa de juros. Foto: Divulgação

Equipe Focus
focus@focus.jor.br

O cenário para a inflação neste e nos próximos anos continuou a se deteriorar no Boletim Focus em meio às preocupações fiscais e às dúvidas sobre as metas de inflação.

Chamou atenção principalmente o salto dado pela mediana para o IPCA – índice oficial de inflação – de 2025, que está fora do horizonte relevante do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. O avanço foi de 3,30% para 3,50%, de 3,10% há um mês.

A projeção para o IPCA deste ano também subiu, de 5,36% para 5,39%, contra 5,17% há um mês. Para 2024, horizonte que fica cada vez mais relevante para a estratégia de convergência à inflação do BC, a projeção ficou estável, contudo, em 3,70%, de 3,50% há quatro semanas.

O Boletim Focus desta segunda-feira, 16, ainda trouxe pela primeira vez a mediana para o IPCA de 2026, que também está em trajetória de alta, sinalizando uma desancoragem mais ampla das expectativas. A estimativa passou de 3,20% para 3,22% na última semana, contra 3,00% um mês antes.

Considerando somente as 47 estimativas atualizadas nos últimos 5 dias úteis, a mediana para 2023 passou de 5,48% para 5,40%. Para 2024, está em 3,83%, considerando 42 atualizações no período.

A mediana na Focus para a inflação oficial em 2023 está bem acima do teto da meta (4,75%), apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central, após 2021 e 2022. Para 2024 e 2025, os números indicados pelo Boletim Focus já estão acima do centro da meta de 3,00% (margem de 1,50% a 4,50%). Ainda não há objetivo definido para 2026.

Atualmente, o foco da política monetária está nos anos de 2023 e de 2024. Mas o BC tem dado ênfase ao horizonte de seis trimestres à frente, atualmente o segundo trimestre de 2024.

No Copom de dezembro, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 6,0% em 2022, 5,0% em 2023 e 3,0% para 2024. O colegiado manteve a Selic em 13,75% ao ano pela terceira vez seguida.

Agência Estado

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