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Fortaleza registra a terceira maior inflação do País em 2020; alimentação e bebidas puxaram alta

Supermercado. Foto: Freepik.

Átila Varela
atila@focus.jor.br

Fortaleza registrou a terceira maior inflação do País em 2020. É o que revela o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo IBGE nesta terça-feira, 12. O percentual ficou em 5,74%, acima do nacional (4,52%).

O que mais pesou no bolso no ano passado foi alimentação e bebidas, apresentando alta de 16,14%. Em segundo figurou habitação, com 6,45%. Artigos de residência (4,37%), despesas pessoais (2,45%), vestuário (1,72%), educação (1,05%) e transporte (1,04%) completam a lista.

À frente de Fortaleza ficaram Campo Grande (6,85%) e Rio Branco (6,12%). No Nordeste, fica atrás de São Luís (5,71%), Recife (5,66%), Salvador (4,31%) e Aracaju (4,14%).

O presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Ricardo Coimbra, explica que a alta dos alimentos se deve à uma série de variáveis. “No período da pandemia, muita gente permaneceu em casa. Teve o auxílio emergencial gerando capacidade de consumo. E esse direcionamento foi para o consumo alimentar”, explica.

Outra fator com influência direta foi a taxa de câmbio. “O setor produtivo, especialmente o de grãos, direcionou a comercialização de seus produtos para o mercado externo. A demanda interna cresceu, mas a oferta diminuiu”, ressaltou. Afetou até o pãozinho carioquinha (como fala o cearense). “Impactou também no trigo e seus produtos finais, como massas, biscoitos e outros”, resume.

Para 2021, a tendência é de desaceleração. “Não teremos mais o auxílio emergencial. Para a população é muito ruim, mas em relação aos preços, deve haver queda na demanda, reduzindo também os preços”, considera.  Outros fatores têm relação direta com a política. “Falamos da aprovação da reforma tributária e da reforma administrativa, visto que qualquer oscilação resulta em prejuízos para a economia”, finaliza o economista.

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