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Fecomércio: 24,2% dos fortalezenses têm contas em atraso e 45,6% da renda comprometida

Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

O índice de consumidores de Fortaleza com contas pendentes ou dívidas em atraso aumentou, passando de 21,8% em março para 24,2% em abril. No entanto, este indicador permanece abaixo do registrado no mesmo período do ano passado (24,6%). O perfil do consumidor com contas em atraso mostra predominância do sexo masculino, idade acima dos 35 anos e renda familiar acima de dez salários-mínimos.

O comprometimento da renda dos fortalezenses é significativo, com os consumidores destinando, em média, 45,6% da renda familiar para o pagamento de dívidas. Os principais instrumentos de crédito utilizados são cartões de crédito (80,5%), financiamentos bancários (18,8%), empréstimos pessoais (9,5%) e carnês/crediários (4,5%). O endividamento médio é de R$ 1.794 com prazo médio de nove meses para o seu vencimento total.

Os dados são da Pesquisa Perfil do Endividamento do Consumidor em Fortaleza, referente ao mês de abril de 2024, realizada pela Fecomércio Ceará, por meio do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC). O estudo também revela que 75,3% dos residentes da capital atualmente estão endividados. Este número representa um crescimento de 2,2 pontos percentuais em relação ao mês anterior (73,1%), porém, está ligeiramente abaixo do indicador registrado em abril do ano passado(75,7%).

Alimentos a prazo, saúde, aluguel e vestuário no topo das causas das dívidas

O levantamento também aponta que são os gastos correntes que predominantemente contribuem para o endividamento, destacando-se aquisição de alimentos a prazo, despesas relacionadas à saúde, custos de aluguel residencial e compra de itens de vestuário.

A taxa de inadimplência potencial aumentou em abril, indicando que 11,9% dos consumidores enfrentarão dificuldades financeiras para cumprir suas obrigações. O perfil do consumidor em situação de inadimplência mostra equilíbrio nos sexos, porém com destaque para os grupos etários acima dos 35 anos e renda familiar mensal acima de dez salários-mínimos.

Segundo a pesquisa, a falta de planejamento orçamentário é um problema crítico para o controle do endividamento, com destaque para a falta de orçamento e controle dos gastos, gastos imprevistos e compras por impulso como principais fatores contribuintes para essa problemática.

74% fazem orçamento mensal e acompanham gastos

Apesar dos desafios apresentados, 74,0% dos consumidores de Fortaleza afirmam fazer orçamento mensal e acompanhamento eficaz dos seus gastos e rendimentos, o que contribui para um melhor controle dos níveis de endividamento.

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