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Dessal Fortaleza: Cagece rebate telecons, diz que argumentos não têm justificativa técnica e fala em “reserva de mercado” das empresas

Usina de Dessalinização. Foto: Divulgação

Por Átila Varela

A Cagece rebateu o questionamento das empresas de telecomunicações sobre um possível impacto aos cabos submarinos com a instalação da usina de dessalinização em Fortaleza.

Na última segunda-feira, 27, as telecons participaram de evento da Anatel, em Fortaleza, onde expressaram preocupações.

Em nota, a companhia declarou que qualquer argumentação neste momento é inoportuna, pois o projeto contou com duas consultas públicas, uma audiência pública e outra na Assembleia Legislativa do Ceará. Segundo a companhia, contou também com legislação aprovada na Câmara Municipal de Fortaleza e validação do Conselho Gestor de Parceria Público-Privada (PPP) do Estado e Tribunal de Contas do Estado (TCE).

A Cagece afirma que não apresenta nenhum risco ao funcionamento dos cabos submarinos, pois houve a mudança de 500 metros do ponto de captação, em relação aos cabeamentos.

“Cabe destacar que essa alteração atende às regulações internacionais de proteção dos cabos submarinos. Somente essa modificação deverá representar um aumento na ordem de R$ 35 a 40 milhões para a execução do projeto”, destaca.

“Se a usina não for construída na Praia do Futuro, a planta será bem mais cara, pois serão acrescentados gastos com adutoras até os reservatórios de Fortaleza e, essas mesmas poderiam cruzar com as fibras ópticas no continente”, complementa.

Na sequência lembra, que os argumentos não apresentam nenhuma justificativa técnica que inviabilize a construção da planta, que conta com uma série de estudos ambientais.

“A posição da Anatel pode ser considerada simplista, uma vez que não levou em consideração áreas especialistas em recursos hídricos e não apresenta novos fatos ou argumentos técnicos”, dispara a Cagece.

Por fim, destaca que as telecons nem a Anatal levam em consideração os impactos para o povo de Fortaleza. “Ao contrário, se unem para praticar no local uma espécie de reserva de mercado, pois não existe nenhuma legislação que indique que Praia do Futuro é reservada apenas para cabos submarinos. O que a Cagece manifesta neste momento é o posicionamento claro acerca de uma política pública em defesa do acesso à água para a população”, complementa.

Questionamento

O deputado federal Danilo Forte, durante evento na segunda-feira, disse que o bombeamento da água pode gerar problemas aos interceptores oceânicos, acarretando em deterioração.

“O deslocamento da usina não é difícil de equalizar”, sugeriu. “Nós temos o principal entroncamento de cabos submarino, e um dano gerado nessa situação pode corresponder não só a uma ruptura do sistema, como também à uma desqualificação do serviço, com questionamentos de novas empresas, que podem se dirigir para outras regiões, como Pernambuco e Rio Grande do Norte. Nossa preocupação não é empatar o desenvolvimento do Ceará. Temos que acomodar uma situação em que todos possam ganhar. Eu questiono muito o risco”, disse.

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