Equipe Focus
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O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, virou alvo da Polícia Federal por suposta prática de “crime contra a honra” de Jair Bolsonaro. Foi o próprio presidente que fez o movimento contra Ciro, que busca quebrar a polarização que há anos marca a política brasileira.
Em entrevista à gloriosa Rádio Tupinambá, de Sobral, em novembro passado, Ciro rogou aos milhões de ouvintes da emissora para não votar em candidatos que apoiam o presidente e sua tropa.
O pedido de abertura de inquérito, assinado por Bolsonaro através da Subchefia de Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência da República, cita a referida entrevista como base para o pedido de investigação.
Segundo o órgão, Ciro mostrou na entrevista um “sentimento de repúdio ao bolsonarismo, à sua boçalidade, à sua incapacidade de administrar a economia do País e seu desrespeito à saúde pública”.
Na entrevista que, a bem da verdade, no máximo, alcançou o o Beco do Cotovelo, Ciro ainda chamou Bolsonaro de “ladrão”. Para tanto, citou o caso da rachadinha da qual os filhos do presidente e o próprio são suspeitos de praticar.
Nas redes sociais, Ciro fez a menção ao fato dando a ele a devida relevância: “Particularmente não ligo para esse ato contra mim, mas considero grave a tentativa de Bolsonaro de intimidar opositores e adversários. Entendo que é um ato de desespero de quem vê sua imagem se deteriorar todos os dias pela gestão criminosa do Brasil na pandemia”.