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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve participar no próximo domingo, 10, da posse do presidente eleito da Argentina, Javier Milei. O ex-mandatário será acompanhado por uma comitiva de deputados estaduais, federais, senadores e governadores, entre eles Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Cláudio Castro (PL-RJ), Ronaldo Caiado (União-GO) e Jorginho Mello (PL-SC).
A viagem de Bolsonaro a Argentina marcará o retorno do ex-presidente em um grande ato político desde que perdeu a eleição para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no ano passado, e foi condenado à inelegibilidade pelos próximos oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e econômico.
O ex-presidente também será acompanhado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e pelos filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Michelle tem participado de atos e eventos públicos do PL e de aliados para se fortalecer como um nome viável do clã nas próximas eleições. O embarque está previsto para quinta-feira, 7.
No Congresso Nacional, a lista deve contar com nomes próximos ao ex-presidente brasileiro, como o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministros da gestão passada; além dos senadores Jorge Seif (PL-SC), Magno Malta (PL-ES), Luiz Carlos Heinze (PP-RS), Marcio Bittar (União-AC), Jaime Bagattoli (PL-RO) e Wilder Moraes (PL-GO).
Uma lista de deputados federais que pretendem comparecer ao ato circula entre os líderes partidários próximos a Bolsonaro. Até o momento, 26 nomes, incluindo Salles, sinalizaram que participarão da comitiva.
• Bia Kicis (PL-DF)
• Gustavo Gayer (PL-GO)
• Junio Amaral (PL-MG)
• Zé Trovão (PL-RS)
• Evair de Melo (PP-ES)
• Ricardo Salles (PL-SP)
• Cabo Gilberto (PL-PB)
• Mauricio Marcon (PL-RS)
• Capitão Alberto Neto (PL-AM)
• Tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS)
• Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP)
• Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
• Marcio Correa (MDB-GO)
• Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
• Messias Donato (Republicanos-ES)
• Carla Zambelli (PL-SP)
• José Medeiros (PL-MT)
• Osmar Terra (MDB – RS)
• Rodrigo Valadares (União-SE)
• Daniela Reinehr (PL-SC)
• Marcos Pollon (PL-MS)
• Daniel Freitas (PL-SC)
• Sanderson (PL-RS)
• Capitão Alden (PL-BA)
• Coronel Fernanda (PL-MT)
• Hélio Lopes (PL-RJ)
Um grupo de deputados estaduais de São Paulo formou uma comissão de representação para acompanhar a posse do futuro presidente da Argentina. O requerimento foi publicado no Diário Oficial nesta segunda-feira, 4, e inclui o nome de 17 parlamentares. No entanto, nem todos devem comparecer à cerimônia. A viagem será entre os dias 7 e 12 de dezembro e não será custeada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
• Tomé Abduch (Republicanos)
• Edna Macedo (Republicanos)
• Gilmaci Santos (Republicanos)
• Altair Moraes (Republicanos)
• Paulo Mansur (PL)
• Vitão do Cachorrão (Republicanos)
• Rui Alves (Republicanos)
• Milton Leite Filho (União Brasil)
• Gil Diniz (PL)
• Sebastião Santos (Republicanos)
• Tenente Coimbra (PL)
• Major Mecca (PL)
• Conte Lopes (PL)
• Caio França (PSB)
• Carla Morando (PSDB)
• Marcio Nakashima (PDT)
• Lucas Bove (PL)
Bolsonaro informou nesta terça-feira, 5, ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que se ausentará do País de 7 a 11 de dezembro. Apesar de não ter restrições de sair do Brasil pelos inquéritos que tramitam na Corte, o ex-presidente encaminhou cópia das passagens aéreas e do itinerário no país vizinho, justificando estar “comprometido com a Justiça e suas obrigações legais”.
O ex-mandatário disse ainda na petição que estará acompanhado do coronel do Exército Marcelo Câmara, que também é investigado no caso das joias.
Clã Bolsonaro se aproximou de Milei na campanha
O clã Bolsonaro se aliou ao presidente eleito da Argentina ainda durante a campanha presidencial. O deputado federal Eduardo Bolsonaro foi a Buenos Aires acompanhar o primeiro turno das eleições e pediu votos para Milei. Como revelou a Coluna do Estadão, um grupo de 69 deputados escreveu uma carta para ser entregue ao argentino. O documento criticava o então presidente, Alberto Fernández, um dos principais aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na América Latina. Eles citam o alto índice de inflação e tentam ligar a esquerda argentina a regimes autoritários.
Sergio Massa, herdeiro do peronismo e candidato derrotado nas eleições, foi diretamente ajudado pelo governo brasileiro: além da cessão de marqueteiros que trabalharam na campanha de Lula, o Estadão revelou que um empréstimo concedido à Argentina teve o objetivo de favorecer Massa, que é ministro da Economia da atual gestão, encabeçada por Fernández, que é próximo ao PT.
Lula não viajará a Buenos Aires, capital da Argentina, para a posse de Milei. O convite ao petista foi feito no último dia 26, quando a futura chanceler Diana Mondino, designada pelo presidente eleito, se reuniu em Brasília com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira. Segundo informações do Planalto, Mauro Vieira representará o Brasil na solenidade.
Agência Estado