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As CPIs, as pizzas e a Câmara de Fortaleza. Por Acrisio Sena

Acrisio Sena é historiador, presidiu a Câmara e é filiado ao PT. Foto: Divulgação

A Câmara de Fortaleza autorizou, no dia 30/04, a instalação simultânea de três Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) para investigar: 1) as operações de aplicativos de transporte individual; 2) a distribuição de energia elétrica pela Enel; 3) a prestação de serviço pela Cagece na capital.

O instrumento CPI é uma ferramenta democrática valiosa, desde que seja utilizada com equilíbrio, seriedade e bom senso. Contudo, o cenário atual leva a crer, pela forma adotada e o não cumprimento do rito necessário no Parlamento, que tudo vai, mais uma vez, terminar em pizza.

O pacto, em construção, entre os aliados de Sarto e Bolsonaro parece querer produzir “relatórios inúteis” – um verdadeiro “faz de conta”. Vamos aos fatos. Nenhuma das três CPIs têm tempo hábil para articular uma investigação profunda sobre os temas propostos.

A história da Câmara demonstra que, em menos de seis meses, nenhuma das CPIs (realizadas até hoje), apresentaram resultados concretos.

Além disso, as três CPIs citadas fogem da resolução direta do âmbito municipal. Sem falar que, em ano eleitoral, cujos debates já estamos vivendo, essas iniciativas visam mais uma agenda eleitoral do que a busca real pela análise e resolução de problemas. A pergunta que fica é: por que não foram instaladas antes? Com esse formato, apesar da gravidade das questões a serem debatidas, teremos apenas a garantia de holofotes para os aliados do Palácio do Bispo?

Acrisio Sena é historiador e filiado PT

 

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