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André Fernandes x Capitão Wagner: O que aconteceu para rachar a direita em Fortaleza?

Capitão Wagner e André Fernandes. Foto: Divulgação

Por Gabriel Amora

A direita conservadora e bolsonarista, embora bem representada, enfrenta um desafio significativo em Fortaleza.

No momento, o cenário político é marcado pela presença de duas figuras proeminentes: André Fernandes (PL), apoiado pelo ex-presidente Bolsonaro, e Capitão Wagner (UB), que há muito é um símbolo da direita na Capital cearense. Isso levanta a seguinte questão na cabeça dos eleitores: Manter a lealdade a Wagner, que busca a Prefeitura pela terceira vez, ou seguir a nova direção indicada pelo ex-presidente?

Este desafio surge da possibilidade de divisão dos votos entre os dois candidatos, o que poderia beneficiar os adversários Evandro Leitão (PT) e Sarto (PDT). Além desses representantes da direita, Eduardo Girão (Novo), senador, também está na disputa – correndo por fora. Expressou claramente sua determinação em permanecer como candidato, apesar de respeitar os demais.

O mesmo se aplica a André, que reiterou ser “inegociável” a sua candidatura, descartando qualquer possibilidade de aliança com os outros dois do campo da direita.

A direita em Fortaleza

A análise dos perfis dos candidatos é fascinante e reveladora. Enquanto André, o deputado federal mais votado, adota uma postura rígida, o presidente estadual do União Brasil, Capitão Wagner, busca constantemente o diálogo. Por exemplo, segundo CW, houve uma “conversa muito produtiva com André”. “E se os termos dessa conversa permanecerem válidos até junho, poderá haver espaço para novas negociações”.

Segundo Wagner, nessa reunião, eles analisarão os resultados das pesquisas e avaliarão qual campanha está mais competitiva. Um dia após essa declaração, André se manifestou e garantiu sua determinação em seguir adiante na disputa, ignorando qualquer possibilidade de desistência em favor de CW.

Foto: Divulgação

A origem do rompimento

Embora Capitão Wagner (ou Wagner, como busca ser chamado ultimamente) mantenha uma relação próxima com Girão desde as eleições de 2018, André tem se afastado de CW nos últimos pleitos.

Para André, os eleitores bolsonaristas consideram o ex-secretário de saúde de Maracanaú como “traidor”. De fato, durante sua campanha ao governo estadual, Wagner se afastou do bolsonarismo devido à alta rejeição associada à figura de Bolsonaro.

Carmelo Neto, presidente do PL no Ceará, apesar de seguir André, é um pouco menos radical com CW.

Ele destaca as qualidades dos três candidatos e expressa seu respeito por cada um deles. Enquanto para André, “já chega do mesmo”, como disse há meses, se referindo claramente ao CW, Carmelo destaca que “o União Brasil e o Capitão Wagner serão muito bem-vindos nessa aliança”. “Mas tá na hora do PL apresentar sua opção”, declarou. Sem indiretas, Carmelo diz que “o Capitão já tentou três vezes e por isso é uma liderança importante”. 

Se vão se aliar no futuro, entretanto, que é o X da questão.

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