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Sigilo de 100 anos: Lula exibe gastos do cartão corporativo de Bolsonaro

Foto: Gabriel Amora

Equipe Focus
focus@focus.jor.br

As informações sobre os gastos do ex-presidente Bolsonaro (PL) no cartão corporativo da presidência da República, enfim, não são mais sigilosas, visto que o governo Lula segue em sua promessa de divulgar o que tinha de secreto no sigilo de 100 anos.

Depois de anunciar as visitas que a ex-primeira-dama recebeu nos últimos anos, Lula apresentou que, dos 59 tipos de despesas feitas com o cartão, os gastos com hotel foram os que mais consumiram recursos.

Bolsonaro gastou R$27.621.657,23 em 4 anos no CPFG (Cartão de Pagamento do Governo Federal), o famoso cartão corporativo. Corrigido pela inflação, o total alcança os R$ 32.659.369,02.

R$ 13,6 milhões foram desembolsados em hospedagem. As 10 maiores notas fiscais de despesas no cartão corporativo são deste fim, com valores variando entre R$ 115 mil e R$ 312 mil. O Ferraretto Hotel, em Guarujá, São Paulo, ambiente que o ex-presidente costumava ir para descansar, recebeu, ao longo dos quatro anos de mandato, aproximadamente R$ 1,46 milhão. As informações foram compartilhadas pela Fiquem Sabendo, agência de dados públicos especializada na Lei de Acesso à Informação (LAI).

Além de hospedagens, na lista, outro item que chama a atenção é a de gastos expressivos. Há uma nota, por exemplo, de R$ 109 mil no Sabor de Casa, estabelecimento que fornece marmitas promocionais a R$ 20.

Mais que isso: por 20 vezes ao longo do mandato, foram realizados gastos significativos em uma das filiais da padaria carioca Santa Marta. As notas fiscais variam de R$ 880 (menor valor) a R$ 55 mil (maior valor), com média de R$ 18 mil. Ao todo, o estabelecimento recebeu R$ 362 mil do cartão corporativo da Presidência. Complementando os itens alimentícios, é curioso destacar que, em cinco sorveterias, foram feitas 62 compras que somaram R$ 8,6 mil. Em uma única vez foram gastos R$ 540 de sorvete.

Segundo o Estadão, “a divulgação dos dados do cartão corporativo da Presidência devem jogar luz sobre as reais despesas com as motociatas”. Por exemplo, entre os dias 9 e 10 de julho de 2021, Bolsonaro esteve na Serra Gaúcha e em Porto Alegre, onde foi seguido de moto por apoiadores. Nesses dois dias, foram gastos R$ 166 mil no cartão corporativo, em 46 despesas, concentradas em hospedagem, alimentação e combustível.

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