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Preços dos medicamentos vendidos aos hospitais subiram 0,19% em março, aponta IPM-H

Os preços dos medicamentos adquiridos por hospitais no Brasil sofreram em março uma ligeira alta nominal de 0,19% em relação a fevereiro, mostra o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), calculado pela Fipe em parceria com a Bionexo – healthtech líder em soluções digitais para gestão em saúde.

Trata-se de uma variação pequena, correndo abaixo de 0,71% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês em análise, mas que contribuiu para elevar a inflação dos medicamentos no ano a 4,78%. No acumulado de 12 meses os preços dos medicamentos vendidos aos hospitais subiram 4,63%.

Considerando-se que em fevereiro os preços dos medicamentos caíram 1,54% comparativamente a janeiro, a alta nominal de 0,19% em fevereiro mostra que houve uma aceleração de 1,73 pontos porcentuais.

“Após uma sequência de fortes quedas nos últimos dois meses, o IPM-H apresentou leve elevação em março. Em uma análise de longo prazo, esse comportamento indica que o retorno dos preços, ainda elevados, aos patamares naturais – isto é, considerando sua dinâmica esperada caso não tivesse havido a pandemia – deve ocorrer de forma mais gradual ao longo do tempo”, afirma o economista da Fipe, Bruno Oliva.

Para o economista, no curto prazo, deverá ser observada uma elevação substancial dos preços em abril como reflexo do reajuste da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), o órgão interministerial responsável pela regulação econômica do mercado de medicamentos no Brasil

Em março, o comportamento do IPM-H voltou à sazonalidade esperada para o período, puxado pelos preços de medicamentos classificados no grupo “aparelho digestivo e metabolismo”, que apresentou um incremento relevante no mês, de 15,61%, além de itens do grupo “aparelho respiratório”, majorados em 8,8%.

De acordo com a Fipe e a Bionexo, entre os possíveis fatores para este aumento, especificamente entre os medicamentos para o aparelho respiratório, está a incidência de doenças respiratórias em várias regiões e localidades do Brasil e, ainda, uma provável antecipação dos hospitais pela busca de medicamentos em virtude da chegada do outono, período em que pode haver aumento de internações causadas por doenças desta natureza.

De maneira geral em março, os aumentos de preço por grupo terapêutico foram os seguintes: aparelho digestivo e metabolismo, 15,61%; aparelho respiratório, 8,88; sistema musculoesquelético, 1,69%; órgãos sensitivos, 1,60%), e agentes antineoplásticos, 0,43%.

Em contrates, houve recuo nos preços dos grupos: imunoterápicos, vacinas e antialérgicos, em 0,36%; aparelho geniturinário , 0,63%; preparados hormonais , 0,65%; sangue e órgãos hematopoiéticos, 0,91%; aparelho cardiovascular, 1,79%; anti-infecciosos gerais para uso sistêmico, 1,96%; e sistema nervoso, 6,33%.

Nos últimos 12 meses, é possível destacar o incremento dos preços de medicamentos atuantes sobre: aparelho respiratório, 22,36%; aparelho geniturinário, 21,58%; sangue e órgãos hematopoiéticos, 4,86%; agentes antineoplásicos, 3,17% e preparados hormonais, 0,36%.

Por outro lado, os medicamentos cujos preços, em média, apresentaram queda nesse período estão nos seguintes grupos: órgãos sensitivos (0,36%); imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (1,02%); sistema musculoesquelético (3,25%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (3,53%); aparelho digestivo e metabolismo (8,24%); aparelho cardiovascular (10,03%) e sistema nervoso (38,07%).

O Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H) é uma parceria entre a Fipe e a Bionexo, com o objetivo de disponibilizar informações inéditas e de interesse público relacionadas à área de saúde, com foco no comportamento de preços de medicamentos transacionados entre fornecedores e hospitais no mercado brasileiro.

O IPM-H é elaborado com base nos dados de transações realizadas desde janeiro de 2015 através da plataforma healthtech, por onde são transacionados mais de R$ 17 bilhões de negócios por ano no mercado da saúde, o que representa cerca de 20% do que é transacionado no mercado privado nacional.

Agência Estado

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