
O presidente da Comissão Especial de Transição Energética e Produção de Hidrogênio Verde da Câmara Federal, deputado Arnaldo Jardim, informou que, na próxima terça-feira (10), vai apresentar a minuta do projeto de lei estabelecendo as diretrizes e recomendações para a produção de hidrogênio verde no País.
O anúncio foi feito em Fortaleza, na presença do governador do Ceará, Elmano de Freitas, durante o Seminário de Transição Energética e Produção de Hidrogênio Verde, nesta sexta-feira (6), na sede da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec). O encontro contou ainda com a participação do relator do projeto, deputado federal Leônidas Cristino. Esta foi última agenda itinerante da Comissão para discutir e buscar contribuições para a matéria.
“Fomos ao Sul, ao Norte, ao Centro-Oeste. Fizemos mesas redondas e seminários pelas diversas regiões do país e, hoje, terminamos aqui no Ceará essa caminhada da Comissão”, afirmou Jardim, acrescentando que se tratava “até uma homenagem ao Ceará, que tem um papel de vanguarda nessa questão”. Ele parabenizou o governador por “fazer a diferença quando apresenta uma visão estratégica em relação ao hidrogênio verde e a produção de energias renováveis”. Segundo Jardim, “teremos um relatório para, a partir dele, podermos caminhar na regulamentação do setor. Ele traz as condições necessárias para que a gente possa continuar caminhando. Vai ser uma revolução neste estado, nos próximos anos. Estamos muito confiantes”, afirmou.
O chefe do Executivo estadual afirmou estar feliz com a notícia. “Próxima semana podemos partir para o campo de batalha para garantir voto para que o país tenha, até o final do ano, a regulação do hidrogênio verde”, comemorou, acrescentando que “para nós, é muito importante, porque isso implica segurança jurídica e regras claras para que possam se confirmar os investimentos no estado”. O governador ressaltou que só as três primeiras empresas, com as quais já há pré-contrato “representam investimentos da ordem de R$ 40 bilhões, mas com potencial para até R$ 100 bilhões”.
O governador defendeu a união de todos, empresas, governos, investidores e academia em prol de um projeto de nação. “Temos absoluta clareza que é preciso unir o país, para que o Brasil possa, efetivamente, assumir o protagonismo, que ele tem toda condição de ter, porque a nossa energia já é limpa e nós podemos aumentar a produção e ofertar para o mundo todo, não só o hidrogênio verde, mas um conjunto de produtos, a partir de uma nova planta industrial”.