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Para festejar ou chorar: quatro pesquisas para governador do Ceará no forno

Por Fábio Campos
fabiocampos@focus.jor.br

Vem aí um excelente conjunto de pesquisas eleitorais que vão medir as intenções de voto na disputa pelo Governo do Ceará. Serão quatro. Todas estão no forno. Ou seja, as entrevistas com os eleitores estão em andamento. Seus resultados vão definir o humor dos candidatos daí por diante.

Entre as quatro, há métodos e e metodologias para todos os gostos. Há pesquisa na qual o entrevistador aborda os eleitores presencialmente (Ipec e Big Data), há pesquisa telefônica (Ipespe) e há pesquisa com coleta aleatória via questionário estruturado na web (AtlasIntel).

Sim,  senhores! Esta última é a maior novidade no mercado de pesquisas no Brasil ao se utilizar da internet e questionários tokenizados para, com segurança, alcançar os eleitores dentro da amostra pré-definida. O AtlasIntel tem sede em São Paulo, faz pesquisa mundo afora e possui um impressionante índice de acertos. Inclua nessa lista o recente e polêmico plebiscito do Chile.

A sequência de pesquisas é a seguinte: na quinta -feira, o pernambucano Ipespe, contratado pelo jornal O Povo, vai divulgar seus números. No mesmo dia, o Ipec, antigo Ibope, em parceria com a TV Verdes Mares, levará ao conhecimento publico os seus resultados.

No dia seguinte, será a vez do Real Time Big Data, através da Rede Record de São Paulo, divulgar os índices de seu levantamento. Também na sexta-feira, em hora ainda a ser definida, o AtlasIntel será conhecido pelo noticário do Focus, com exclusividade. Esta pesquisa foi contratada pela consultoria Arko Advice, também de São Paulo e que presta serviço para uma fatia importante do PIB brasleiro.

É preciso ficar atento às pecualiaridades de cada pesquisa

Ipespe e Ipec – o questionários desses dois institutos não coloca o nome do partido junto do nome do candidato na pergunta estimulada.

AtlasIntel e Big Data – Esses dois institutos ligam o candidato ao partido na pergunta estimulada.

Não se trata apenas de um detalhe. No Ceará, ligar o candidato ao partido tem significativa repercussão na escolha que o eleitor entrevistado faz. O maior beneficiário da pergunta em que o nome do partido do candidato é citado é Elmano de Freitas, do PT.

As razões são óbvias: o desempenho de Lula no Estado. Lula arrasta para cima. A composição PT, 13, Lula e Camilo vitamina o desempenho de Elmano. O fenômeno não se reproduz com nenhum outro candidato ao Governo e, possivelmente, muito pelo contrário.

O detalhe dessa vez é que o Big data avança nessa perspectiva ao fazer a seguinte pergunta:

P07. Em outubro teremos eleições para Governador. Se a eleição para
GOVERNADOR fosse hoje, os nomes fossem estes, e o sr.(a) tivesse as
seguintes informações, em quem o(a) sr.(a) votaria para Governador do
Ceará? (Induzida)
1. Capitão Wagner (União Brasil), com apoio de Jair Bolsonaro
2. Elmano de Freitas (PT), com apoio de Lula
3. Roberto Cláudio (PDT), com apoio de Ciro Gomes
97. Nulo / Branco
99. Não Sabe / Não Respondeu

Ou seja, o instituto vai além do que faz o AtlasIntel ao fazer uma pergunta que vai medir em pergunta direta o impacto de cada presidenciável no desempenho do respectivo candidato a governador. Como somente Elmano faz campanha completamente vinculada a Lula, por óbvio é o único que se beneficia do fabuloso desempenho do ex-presidente no Ceará.

O fraco desempenho de Ciro Gomes no Ceará em nada ajuda a RC. Tanto que a campanha pedetista a favor do seu presidenciável é pra lá de tímida. Já o Capitão nem sequer cita o nome de Bolsonaro, que por sua vez não tocou no nome de Wagner até aqui (pelo menos durante a campanha oficial).

A tarefa de ligar Bolsonaro a Wagner vem sendo assumida pelos seus concorrentes. Lula e Camilo são tão relevantes para a campanha de Elmano que o anúncio do candidato mais explorado até aqui é a peça que explica que Elmano é o candidato dos dois.

O momento desse conjunto de pesquisas é muito importante. Os resultados vão ser conhecidos quando faltar somente uma semana para o fim da campanha de primeiro turno. Se os resultados indicarem a continuidade das tendências até aqui verificadas, será muito improvável reverter posições até o dia da eleição. Pelo contrário, a reta final costuma consolidar tendências.

Portanto, a rodada de quinta e sexta-feira tende a jogar os humores de um comitê para cima e do outro para baixo. Definitivamente. Se algum candidato ultrapassar ou estiver muito colado ao Capitão Wagner, inconteste líder de todas as pesquisas até aqui, o mau humor também deve se instalar no comitê do candidato do União Brasil.

Por outro lado, a consolidação da liderança do Capitão com boa margem de diferença em relação ao segundo colocado pode ser visto como motivo de comemoração no comitê do deputado.

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