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O que a geração Z quer de um shopping

Artigos de beleza e acessórios são os itens preferidos das garotas da Geração Z

Mais experiências, diversão, momentos reais que possam ser compartilhados nas redes sociais. Tudo, claro, com wi-fi de qualidade. É isso que a geração Z espera de um shopping center, conforme a WGSN, consultoria líder mundial em tendência.

“Para atrair esse grupo de indivíduos, os varejistas precisam oferecer uma experiência superior à do ambiente virtual e enriquecer a vida social dos consumidores, de uma forma que as redes sociais não conseguem”, diz a consultoria. Ou seja, é preciso investir em entretenimento e opções de compra em sintonia com o que os adolescentes gostam. Por exemplo: parques de diversões, área para jogos eletrônicos e espaços de realidade virtual.

Cultura foodie

O potencial de likes do sorvete de rolo tailandês da Snow Factory é atração para a geração Z


Com mais valor para a experiência, os adolescentes se importam menos com as compras. Neste sentido, as praças de alimentação se destacam. Segundo a consultoria financeira Piper Jaffray, bebidas e alimentos representam 24% dos gastos dos adolescentes, enquanto as roupas ficam com apenas 19%. Mas nada de requinte. A geração Z prefere o informal, com descontração e preços acessíveis, e o descolado, que renda boas fotos nas redes sociais.

“Um modo de atrair os adolescentes, obviamente, é oferecer algo que possa ser facilmente compartilhado. Produtos inovadores e capazes de explodir no Instagram, como o sorvete de rolo tailandês ou os sundaes de waffle de Hong Kong, conquistam os adolescentes com a simples promessa de obter curtidas nas redes sociais”.

E as lojas? 

Em Los Angeles, o Platform destina metade dos seus espaços para alimentos, bares e fitness. O restante é para marcas de sucesso no Instagram. O shopping também investe em espaços pop-up, com marcas rotativas.

Se antes o shopping era o único lugar de contato entre marcas e adolescentes, hoje este público é bombardeado por publicidade. Desta maneira, é preciso inovar. A WGSN cita as lojas pop-ups e espaços modulares como boas ferramentas para isso. Elas permitem experimentos e adaptação ao gosto de um consumidor em constante mutação.

A Nordstrom é um exemplo. Ela desenvolveu o conceito Pop-in, em que abre suas lojas para marcas antes encontradas apenas online. Outro case é o Water Tower Place, um shopping de Chicago, com showroom de 350m2 para marcas exclusivas de e-commerce. Sem estoque, o cliente compra ali, mas recebe o produto em casa.

Jovens consumidoras

Riley Rose, da queridinha Forever 21: marcas independentes ou exclusivas do ambiente virtual e decoração que pede selfies

Pesquisa da Clique Media Group em parceria com a Ernst & Young mostra que as adolescentes preferem comprar onde o preço médio dos produtos não ultrapassa US$ 50, o que faz dos itens de beleza e acessórios os mais importantes para esse grupo.

Mas, além de preço, mais uma vez, a experiência é fundamental. A WGSN descreve a loja Riley Rose, em Los Angeles, que reúne mais de 200 marcas, a maioria independente ou de atuação apenas online. A decoração é rosa neon e com uma parede que estimula as selfies.

Os adolescentes querem compartilhar suas experiências com os amigos, como destaca a consultoria. E os empreendedores devem usar isso a seu favor. Por isso, não esqueça do wi-fi!

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