Equipe Focus
focus@focus.jor.br
O Ministério Público do Ceará (MPCE) e a Polícia Civil, deflagraram nesta sexta-feira, 17, a operação “Laranja”, com o objetivo de desfazer o esquema de lavagem de dinheiro que era comandado de dentro dos presídios e contava com a participação de dezenas de “laranjas”. Com mandados de prisão e de busca e apreensão em Fortaleza, Quixadá, e em São Paulo, a operação conseguiu prender Cláudio Aritana, considerado um dos líderes do esquema. Ele deixou a CPPL 5 em julho de 2017 após ser beneficiado por livramento condicional. Fugiu para São Paulo e lá foi preso outra vez, depois de cometer novos crimes.
Cláudio Aritana respondia por estupro, estelionato e extorsão e cumpriu 5 anos de pena nos presídios do Ceará. De dentro da cadeia, comandava vários apenados que aplicavam estelionatos por telefone e vendiam drogas e celulares dentro de presídios em Pacatuba e Itaitinga. De acordo com as apurações do Nuinc, com o dinheiro obtido por meio dos crimes, Aritana adquiriu 10 apartamentos, dois veículos, uma casa lotérica, várias joias; e movimentou cerca de R$ 4 milhões nas contas de quatro amantes, que atuavam como “laranjas”, e de outras dezenas de pessoas interpostas.
Em Fortaleza, o alvo foi o escritório de um despachante no Centro que funcionava como um cartório clandestino. Segundo as investigações, o responsável trabalharia para o grupo na elaboração de escrituras públicas dos imóveis adquiridos e registrados em nomes de “laranjas”.
Em Quixadá, o mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa de uma ex-amante de Cláudio Aritana, identificada pelo Ministério Público como uma das operadoras do esquema criminoso.
A primeira fase da Operação Laranjas foi concluída com o recebimento da denúncia contra 11 integrantes da associação criminosa pela 1ª Vara Criminal de Fortaleza por 14 crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. A Justiça também determinou a indisponibilidade dos 10 apartamentos e dois veículos adquiridos pelo grupo, visando garantir um futuro confisco dos bens em favor do Estado do Ceará.

Fed culpa gestão do SVB por quebra, mas admite erros no próprio trabalho de supervisão
O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) responsabilizou a gestão do Silicon Valley Bank (SVB) pelos eventos que culminaram na quebra do banco em