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Guimarães lembra campanha de Maria Luíza em Fortaleza e lamenta sua expulsão: “Sem ela, não seria quem eu sou”

Foto: Divulgação

O líder do Governo Lula, José Guimarães (PT), destacou que trabalhou ao lado de seus aliados em uma “campanha irreparável” para eleger Maria Luíza como prefeita da Capital cearense em 1986. “Por isso, sua expulsão em 1987 dói tanto”, ressaltou.

“Naquela campanha, percebemos que estávamos vivendo uma disputa entre duas visões: a mais radical e a da comunicação, da leveza e do diálogo de nossa candidata”, detalhou. Na época, Maria Luíza competiu com Paes de Andrade, que liderava as pesquisas, acompanhado de Lúcio Alcântara.

A então jovem professora do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará (UFC) estava em terceiro lugar. O resultado da eleição surpreendeu a todos.

“Ela irradiava alegria, amor, acolhimento; isso foi crucial para nossa campanha”, recordou o cearense.

“Foi um momento muito intenso. Mas admito que, na minha trajetória política, enfrentei diversos choques de realidade e tomei decisões muito sérias”, enfatizou o cearense ao lembrar que, após coordenar a campanha de Maria, teve que “infelizmente assinar sua expulsão em 1987”. “Passei três noites sem dormir. Reconheço que, sem ela, eu não seria quem sou hoje; quero fazer esse reconhecimento público”.

Na época, a administração de Maria Luíza não era bem avaliada. Logo após, a prefeita foi expulsa do partido junto com Rosa da Fonseca e outros militantes. A decisão foi tomada após incidentes registrados nas zonais da pré-convenção. Em 1990, Ciro Gomes (PDT) venceu a disputa por Fortaleza e Maria foi eleita deputada pelo PSB. 

“Ainda mantenho contato com ela. A morte de Rosa também me afetou profundamente… E é importante frisar: não faço política com ódio, com agressividade. Faço política através do diálogo. Todos sabem que sou do PT, mas também sabem que sou um militante que valoriza o diálogo. É essencial conversar, sem ódio por ninguém. Essas pessoas foram fundamentais na minha vida. Sinto muito a perda de Rosa”, lamentou, com exclusividade, no último Focus Colloquium

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