Exército diz não poder retirar PMs amotinados de escola invadida há uma semana

Exercito atua no Ceará por meio de GLO. Foto: reprodução

Equipe Focus
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A 10ª Região Militar afirmou hoje, 1, que não poderá realizar a reintegração de posse da escola José Bezerra de Menezes, em Fortaleza, ocupada policiais militares amotinados desde o dia 24 do mês passado.

“As ações da Operação Mandacaru estão restritas às atividades relacionadas às Operações GLO, determinadas por Decreto Presidencial. Não inclui reintegração de posse”, informou o Exército, em nota.

A Mandacaru, como foi batizada a atuação do Exército no Ceará, tem objetivo de garantir a segurança no estado, realizando patrulhas e impendido crimes como roubos e assassinatos, de acordo com as Forças Armadas.

A Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) enviou no sábado, 29, ofício ao comandante da 10ª Região Militar, Fernando José Soares da Cunha Mattos – que é responsável pela Operação Mandacaru -, pedindo apoio às Forças Armadas para que uma escola ocupada por supostos policiais amotinados voltasse a funcionar normalmente.

A Secduc havia solicitado apoio ao Exército para dar continuidade às aulas, alegando que a ocupação prejudica 565 alunos matriculados na escola. Os estudantes estão sem aula desde que a unidade de ensino foi tomada, em 24 de fevereiro.

Segundo o documento enviado ao Exército Brasileiro, os amotinados estão ocupando um bloco com cinco salas de aula, dependências da cozinha e fazendo uso de banheiros utilizados por estudantes. “Tal contexto inviabiliza o funcionamento da referida escola, tendo em vista que os espaços hoje ocupados são essenciais para a retomada regular às aulas”, argumenta a Seduc.

A escola “teve o cadeado da entrada de acesso à escola arrombado e foi invadida”, relata a instituição no documento. Além disso, o ofício afirma que “o vigilante presente no local abordou as pessoas que adentraram à escola, as quais se identificaram como policiais, e informaram que ocupariam o espaço”.

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