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Luís Eduardo Girão analisa em artigo a liberação de bebidas alcoólicas nos estádios

Luís Eduardo Girão, empresário e político brasileiro, filiado ao Podemos, eleito senador pelo Ceará. Em 2017, foi presidente do Fortaleza Esporte Clube. 

Por Luís Eduardo Girão

Com todo o respeito a quem pensa diferente, entendo que o belíssimo projeto “Ceará Sem Drogas”, da Assembleia Legislativa , foi desfigurado dentro da própria Casa e o pior; com a influência do governo . A meu ver, perde também a sociedade cearense. Com um placar de 23 votos favoráveis e 14 contrários, os parlamentares aprovaram a Lei que regulamenta o consumo de bebidas alcoólicas nas arenas esportivas cearenses.
Em minha vida, seja como Senador do Ceará, seja como cidadão do Brasil, todas às vezes que sou instado a me posicionar sobre alguma questão importante, quase sempre existem dois caminhos possíveis: O primeiro, muito estreito, que é o da responsabilidade com os interesses maiores de toda a sociedade. O segundo muito largo que é o do interesse financeiro ou do interesse político governamental. E raramente os dois caminhos convergem. São, por natureza, divergentes.
Vivo agora uma dessas experiências: A questão das bebidas alcoólicas nos estádios. De um lado, os interesses sadios daqueles que querem continuar indo aos estádios com a família e os amigos para torcer pelo time do coração. Do outro, interesses menores, do mundo dos negócios, que vê na venda de bebidas alcoólicas, mais uma mera forma de ganhar ainda mais dinheiro não se importando para os riscos da exacerbação da violência entre torcedores apaixonados.
Eu, mais uma vez, não hesitei em permanecer no caminho estreito que valoriza a vida, a verdade e, sobretudo a PAZ. Fiz tudo que estava ao meu alcance. Estou em paz com minha consciência. Nessa votação da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, infelizmente, a minoria fez a opção pelo caminho estreito da responsabilidade social. Outros preferiram caminhos diferentes.
Fosse um jogo de futebol muitos poderiam dizer: Perdemos! Mas não penso assim. Continuo otimista. O jogo não acabou. Prefiro acreditar na responsabilidade do Governador do Ceará que pode seguir o bom exemplo do Governador do Rio Grande do Sul que VETOU Lei semelhante em respeito à maioria da população de seu Estado que não deseja favorecer a violência no futebol.
E mais otimista ainda sou por reconhecer que o TEMPO corre a favor da VIDA, da PAZ e da VERDADE. Diferente do futebol, esse jogo não termina aos 90 minutos.
 

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