
Depois de duas semanas sem atividades, o Congresso vai retomar os trabalhos nesta terça-feira, 1º, em um período que tende a ser decisivo para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva A agenda inclui votações essenciais na pauta econômica, e o caminho para aprová-las passa por mudanças na equipe de Lula – a reforma ministerial que o presidente começou a ensaiar antes da pausa, para amarrar melhor o apoio no Centrão, e que segue inacabada.
Para o Planalto, parte da tensão principal se dá em torno do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024. A LDO estabelece o ponto de partida para o orçamento do ano seguinte e, tradicionalmente, deve ser votada ainda no primeiro semestre, o que não ocorreu desta vez.
No caso da LDO de 2024, paira sobre Lula a ameaça de tornar impositivas as emendas do antigo orçamento secreto, esquema revelado pelo Estadão. A consequência seria corroer ainda mais o poder de fogo do governo nas articulações políticas no Congresso.
Deputados e senadores tiveram um recesso informal em julho. A Constituição determina ser preciso votar a LDO para que o Congresso tire “férias”. Como isso não aconteceu, Câmara e Senado decidiram, por acordo, suspender as sessões legislativas e, assim, ter um recesso extraoficial.
Agência Estado