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Dores, cicatrizes e oportunidades! O novo cenário do varejo pós COVID-19. Por Christian Avesque

Christian Avesque é professor da Faculdade CDL.  Estuda varejo e consumo há quase 20 anos. Formado em Psicologia, com especialização em Marketing e Mestrado em Administração.

Uma parada tão abrupta, quanto intensa! O varejo cearense sentiu o tranco! Fluxo inexistente nas lojas, consumidores em pânico, fornecedores inquietos e o aparato estatal “batendo cabeça”. Eis a tempestade perfeita.

Precisamos contextualizar essa conjuntura para sabermos que as dores atuais irão gerar oportunidades de crescimento no médio e longo prazos. Em primeiro lugar, destacamos que a crise atual gerou várias tomadas de decisões positivas entre os gestores empresariais, senão vejamos: implementação de grupo de compras coletivas, redução de custos operacionais diretos, melhor assertividade nas compras organizacionais e, sobretudo, a entrada na operação multicanal.

O varejista reconheceu – a fórceps – que a integração on-off é a única saída possível para permanecer vendendo e se relacionando com o consumidor. É preciso trabalhar fortemente as mídias digitais e preparar o ponto de venda para que a jornada de compra do consumidor seja completa. Aqui, a integração de estoques e preços será fundamental, bem como a oferta de conveniência e horários de funcionamento e retirada de produtos estendidos.

Por um outro lado, contexto atual sinaliza também que o consumidor contemporâneo está mais prudente, empoderado e resistente. Em decorrência do sentimento de ansiedade e angústia sobre o futuro, o consumidor passa a ter uma cesta de compra de abastecimento e reposição -abrindo mão assim – de consumos mais frugais e conspícuos. Esse reduz sua cesta de compras e adota a prática de escolher produtos substitutos aos líderes de mercado com vistas aos rendimentos de seus recursos financeiros. E, finalmente, esse consumidor “armado” com ferramentas digitais começa a querer cada vez mais benefícios pelo o que ele considera como preço justo de um produto ou serviço.

E ao final disso tudo? O que teremos? Um varejo cada vez mais integrado a um banco de dados de compra dos seus consumidores, oferecendo soluções integradas de comunicação e compra de produtos com uma multicanalidade completa; bens e serviços serão oferecidos em conjunto para gerar- no consumidor – a percepção de conforto, conveniência e rapidez.

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