
O deputado estadual Cláudio Pinho, do PDT, foi recrutado para ser um dos principais críticos da gestão de Elmano de Freitas e, por efeito, do ministro Camilo Santana. O parlamentar tem usado suas redes sociais e suas falas no plenário da Assembleia para atacar o grupo do qual até recentemente era um aguerrido membro.
A base do ataque: obras estaduais em Fortaleza inacabadas. A maioria iniciada ainda no Governo de Cid Gomes e que perduraram no Governo de Camilo ainda sem finalização. O deputado foi um ardoroso defensor das duas gestões.
Pinho compõe o pequeno grupo de deputados estaduais que faz a defesa da gestão de José Sarto em Fortaleza de um modo politicamente peculiar: atacando a gestão de Elmano que começou em janeiro e 2023.
O parlamentar manteve-se como defendor do grupo político que tinha em Cid Gomes e Camilo os seus principais líderes até o confuso processo eleitoral de 2022 que rachou o PDT.
Antes de se tornar deputado, Pinho foi o prefeito de São Gonçalo do Amarante, última cidade a compor a Região Metropolitana de Fortaleza em função de sua posição estratégica (parte da área do entorno do Porto do Pecém está em seu território).
A julgar pelos resultados eleitorais na cidade, a gestão de Cláudio Pinho terminou sem o apoio popular capaz de garantir a eleição de seu sucessor. Tanto que seu candidato perdeu a disputa em 2020 para um pouco conhecido professor, outsider da política.
Pior para Pinho: o TCE abriu o armário da gestão do ex-prefeito e de lá está tirando alguns esqueletos. Um deles bastante chamativo: na semana passada, a Corte de Contas do Ceará decidiu que o ex-prefeito devolvesse R$ 7,4 milhões aos cofres do município por irregularidades na gestão.
TCE-CE determina que ex-prefeito de São Gonçalo do Amarante devolva R$ 7,4 mi aos cofres públicos