
Equipe Focus
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A denúncia que originou a investigação contra o evento punk Fest Facada, autorizada pelo ministro da Segurança e Justiça, Sergio Moro, foi feita por Edson Salomão, presidente do Instituto Conservador, um dos organizadores dos protestos do dia 15 de março e chefe de gabinete do deputado estadual, apoiador de Bolsonaro, Douglas Garcia (PSL-SP). Informações são da jornalista Monica Bergamo da Folha de S. Paulo.
A colunista afirma que o assessor é investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por disseminação de fake news e já sofreu mandado de busca e apreensão em sua casa.
“Fiz a denúncia porque as artes de divulgação desse festival são uma clara apologia ao assassinato do presidente da República”, diz Salomão, afirmando que ninguém falou com Moro sobre ela.
O Ministério da Justiça e da Segurança Pública pediu a abertura de inquérito contra 4 integrantes de 1 coletivo punk de Belém (PA). Eles são organizadores do festival de música “Facada Fest”. O pedido de inquérito se baseia nos cartazes de divulgação do evento, com imagens de ataque ao presidente Jair Bolsonaro.
Em resposta à reportagem da Folha de S.Paulo que afirmava que ele que requisitou a abertura do inquérito, o ministro Sergio Moro negou que ação tenha partido dele, mas disse que “poderia ter sido”.
A iniciativa do inquérito não foi minha,como diz a Folha de SPaulo, mas poderia ter sido.Publicar cartazes ou anúncios com o PR ou qualquer cidadão empalado ou esfaqueado não pode ser considerado liberdade de expressão.É apologia a crime, além de ofensivo.https://t.co/SGQeBlYbpR
— Sergio Moro (@SF_Moro) February 28, 2020