Camilo discute enfrentamento à violência nas escolas e dispara: “Não há solução fácil”

Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert

Na abertura da reunião do presidente Lula (PT) com os governadores, o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), relembrou outros episódios de violência nas escolas que sensibilizaram a sociedade brasileira. Segundo ele, não há solução fácil, mas é necessário que todos os nossos entes federados se unam efetivamente em torno dessa questão.

“No dia 5 de abril, o presidente da República convocou oito ministros para discutir essa temática e construir, em um prazo de até 90 dias, uma Política Nacional de Enfrentamento à Violências nas Escolas Brasileiras. Já estamos com mais 50 proposições, ouvindo especialistas de todo o País, para que possamos construir ações importantes, não só preventivas, mas também imediatas e de longo prazo. Foi estabelecido também um canal constante de diálogo com o Conselho Nacional de Secretários de Educação dos Estados Brasileiros e com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação”, disse.

Sobre a importância da cultura de paz nas escolas, o ministro Ministério da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, destacou a importância do engajamento de toda a sociedade, inclusive das corporações que gerenciam as plataformas digitais. “Nenhum de nós sozinhos conseguiremos combater o fluxo terrível de discursos de ódio na internet. Precisamos, todos juntos, mobilizar nossas sociedades, desde os municípios, estados, com campanhas publicitárias que envolvem as famílias, o núcleo básico de estruturação da cultura de paz e dos direitos humanos. Minha fala também é para agradecer as polícias do nosso país, federais e estaduais, que trabalham em união”, enfatizou.

Flávio Dino apontou números que revelam o trabalho que está sendo feito na área da segurança. “Todos os dias temos dezenas de vídeos que incentivam ataques às escolas, à mutilação de jovens e apologia ao Nazismo. Isso é crime no Brasil, não é liberdade de expressão. Em dez dias, temos 225 prisões ou apreensões; 694 intimações de adolescentes suspeitos; 155 buscas e apreensões realizadas; o registro de 1.595 boletins de ocorrência; 1.224 casos em investigação em todo o território nacional; 756 suspensão de perfis em plataformas digitais. São perfis dedicados a difundir ódio; 100 pedidos de preservação de conteúdos para fundamentar investigações em curso nas polícias; 367 solicitação de cadastros para investigações. Nós também recebemos 7.473 denúncias pelo canal disponibilizado pelo Ministério da Justiça”, afirmou.

Com informações do Governo do Estado

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